Empresas e institutos e fundações empresariais são mais da metade das organizações. Porém, a participação de institutos e fundações familiares cresceu de 8% para 22% em pouco mais de uma década.

A parcela de organizações que avaliam seus projetos ou programas é de 80%, a avaliação institucional é menos frequente, sendo adotada por 62% dos investidores sociais.

92% dos investidores sociais integram redes ou grupos, sendo a troca de conhecimento e informação o atributo mais valorizado nessas articulações.

Há maior concentração dos projetos ou programas dos investidores sociais no Sudeste, 40% atuam em São Paulo, 19% no Rio de Janeiro, 15% Minas Gerais. A Bahia aparece em 4º lugar com 10% dos projetos ou programas. Educação segue como principal área de atuação dos investidores sociais.

Em 2018, o montante total investido foi de R$ 3,25 bilhões, sendo R$ 457 milhões oriundos de incentivos fiscais (14% do total). As organizações realizam aportes individuais variados: enquanto 44% investiram até R$ 6 milhões, 25% investiram mais de R$ 20 milhões.

Canais próprios na internet são mais utilizados do que veículos da mídia tradicional para comunicação dos investidores sociais, com aumento simultâneo do uso de redes sociais. Entre os objetivos de comunicação, cresce a importância de sensibilizar para causas, garantir transparência e fortalecer legitimidade.

A proporção de organizações que adota estratégias de aproximação com políticas públicas diminuiu de 86% para 80% entre 2016 e 2018. As estratégias mais utilizadas são, executam projetos que complementam o desenvolvimento de políticas públicas, desenvolver ações de formação/ capacitação de gestores ou servidores públicos e considerar políticas públicas como referência para a estruturação de projetos.

Apesar da execução direta de projetos próprios ser predominante, o volume de investimentos em projetos de terceiros cresceu de 21% para 35% entre 2016 e 2018, maior percentual da série histórica do Censo, alcançando o montante de R$ 1,1 bilhão.

89% das organizações possuem conselhos deliberativos. A composição dos conselhos ganhou caráter mais plural, já que aumentou a proporção de organizações que possuem conselheiros independentes, mulheres e pessoas não brancas. Mesmo com esses avanços, a população feminina e negra ainda segue sub-representada nessas instâncias.

Cresceu a compreensão de que o fortalecimento da sociedade civil brasileira é parte da finalidade do ISP. Além disso, entre 2016 e 2018, passou de 24% para 30% a parcela de investidores que apoia institucionalmente OSC sem vinculação a projetos ou programas.

73% das organizações tem como foco algum público de determinada faixa etária em seus projetos ou programas, com destaque para crianças de 06 a 10 anos, adolescentes de 11 a 17 anos e jovens de 18 a 29 anos. 19% enfocam mulheres ou meninas e 10% negros.