A colaboração tem ganhado mais espaço no campo do investimento social. Há uma compreensão cada vez mais ampla de que é preciso trabalhar de forma mais colaborativa. Ainda que haja diversos desafios a serem superados, ela tem sido um elemento-chave no horizonte de uma filantropia e um investimento social cada vez mais estratégicos. A ação colaborativa aparece de formas diversas e a filantropia colaborativa é uma dessas formas. Tem como pré-requisito a participação de, no mínimo, dois atores da filantropia, com envolvimento de recursos financeiros na mobilização, coordenação, alocação e/ou gestão de recursos privados para produção de bem público. Os dados do Censo GIFE ajudam a compreender como o campo tem colaborado e onde ainda é preciso avançar.
Esse infográfico utiliza as conceituações e classificações da publicação Filantropia Colaborativa,
3º volume da série Temas ISP, produzida pelo GIFE e
que aprofunda temas centrais para o campo do investimento social.
Acesse a publicação para conhecer mais sobre colaboração e filantropia colaborativa.
Colaboração no fazer individual:
Ações de colaboração centradas no
fazer individual dos investidores sociais
Notas: *Alternativa válida somente para institutos e fundações familiares.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
92 %
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
72 %
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
67 %
62 %
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
formatos em que existe
uma intencionalidade
deliberada dos seus
participantes em se
articular e colaborar
formatos que têm foco
primordial mobilizar
recursos de forma
colaborativa, ampliando a
base de doadores, e/ ou
gerir recursos filantrópicos
arquiteturas que abrigam uma
combinação de recursos, tendo
um mandato definido e uma
governança estabelecida e
podendo se estruturar de
diversas formas. Pode ter foco
em causas e/ ou territórios
específicos e apoiam
principalmente projetos
de terceiros
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Círculos de doação, em tradução livre, reúnem indivíduos com um interesse em
comum – neste caso, a doação, além de uma causa comum – que aportam seus
recursos financeiros e decidem, em conjunto, onde esses recursos serão utilizados.
São criados por investidores sociais que atuam em uma mesma causa ou território e criam um espaço para
compartilharem informações sobre as suas estratégias de atuação, prioridades, dados e informes sobre a
alocação dos seus recursos, com o objetivo de complementar e coordenar as iniciativas que promovem.
Se caracterizam de forma geral por agregar organizações e pessoas com interesses comuns que
decidem atuar de forma conjunta. Podem ter estruturas de governança e gestão bastante variadas,
assim como a quantidade e perfil dos seus membros, mas normalmente estão pautadas pela
existência de um planejamento definido para a concretização de estratégias e ações. São iniciativas de
filantropia colaborativa quando envolvem coinvestimento de vários de atores da filantropia que delas
participam para realizar as ações que desenvolvam.
Financiadores investem juntos – com o mesmo montante de recursos ou não - para apoiar uma
iniciativa ou organização específica ou para criar um novo projeto ou uma nova organização.
Os financiadores investem em outro financiador com forte experiência em um tema ou
território para que ele distribua os recursos.
São parcerias formadas entre governo e organizações privadas para fornecer serviços, benefícios sociais
específicos, construir, aprimorar, acompanhar, medir ou implementar políticas públicas, geralmente em tema/
iniciativa específica. São iniciativas de filantropia colaborativa quando envolvem pelo menos dois atores da
filantropia que juntos aportam recursos e colaboram entre si e com alguma instância governamental.
Iniciativas de coinvestimento entre atores da filantropia em parceria com outros setores. São iniciativas de filantropia
colaborativa quando envolvem pelo menos dois atores da filantropia que, juntos, aportam recursos e colaboram entre si e com
outros parceiros, como academia, setor privado ou cooperação internacional. Esses outros atores não filantrópicos podem
participar da colaboração aportando recursos financeiros ou de outros tipos, como recursos humanos, conhecimento específico
em uma temática, infraestrutura, articulação e etc.
Iniciativas de impacto coletivo podem ser definidas como compromissos de longo prazo de um grupo relevante de atores de
diferentes setores, incluindo atores variados da filantropia, que estão envolvidos em uma agenda comum para resolver um
problema social específico. As ações são apoiadas por um sistema de medição compartilhado, atividades que se reforçam
mutuamente, comunicação contínua e contam com uma organização independente que articula, mobiliza e coordena a ação
conjunta.
Cinco características principais descrevem uma iniciativa de impacto coletivo:
forma de captar recursos financeiros para uma causa específica ou projeto, solicitando que um grande número de pessoas aporte recursos (via doações empréstimos ou investimentos), normalmente de valores baixos, durante um período relativamente curto de tempo – geralmente entre 1 e 3 meses. Campanhas de crowdfunding são realizadas virtualmente, em plataformas específicas para essa modalidade.
são doações vinculadas à mobilização de recursos de outras fontes em uma proporção previamente determinada. Ao adotar uma estratégia de matching, investidores sociais comprometem-se a doar uma, duas, três, ou X vezes os recursos arrecadados por outras fontes, que podem ser únicas e específicas ou diversas e indeterminadas.
são organizações que se constituem com a missão de mobilizar, gerir e distribuir recursos. Com estratégias e modos de funcionamento diversos, elas captam recursos com empresas, indivíduos de alta renda ou população em geral e repassam para projetos, territórios ou outras organizações para o desenvolvimento de iniciativas de fim público.
Organizações por proporção de recursos repassados a OSC via novos
mecanismos ou serviços financeiros para o campo social (2018)
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
focados em causas ou territórios específicos, constituiem-se através da captação/ mobilização de recursos de fontes variadas e atuam principalmente via grantmaking, apoiando projetos de terceiros, podendo atuar com projetos próprios quando realizam ações de advocacy relacionadas ao seu foco de atuação.
contam com o aporte de investidores diversos, que de alguma forma estão coinvestindo em uma causa ou território dirigidos a um fundo gerido por uma organização, que selecionará iniciativas variadas para apoiar por meio de um processo de seleção.
11 %
Investir em colaboração:
Apoio financeiro de investidores
sociais a iniciativas de colaboração
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
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