Entre 2016 e 2018 a proporção de organizações que avaliam seus projetos ou programas prioritários aumentou de 53% para 83%, apontando para o ganho de relevância dessa temática no campo. Os principais objetivos da avaliação estão mais relacionados ao próprio projeto ou programa, como aprendizagem para orientar tomadas de decisão e identificação de suas contribuições, e à prestação de contas aos principais tomadores de decisão. Já os principais critérios para decidir sobre a avaliação de um projeto ou programa são seu potencial para alcançar escala e o fato de ser política da organização avaliar seus projetos ou programas. No entanto, as organizações esbarram em dificuldades como os altos custos para desenvolver uma boa avaliação e a dificuldade em definir e mensurar impactos. Como destaca o Censo GIFE 2018, o emprego de estratégias equilibradas e adequadas de monitoramento e avaliação representa uma fonte efetiva e consistente de aprendizado, além de gerar reflexões permanentes acerca do papel dos investidores sociais como agentes de transformação social.
Conheça mais sobre Avaliação no
site da Agenda de Avaliação do
GIFE, que visa fomentar a
cultura avaliativa entre os associados do
GIFE, por meio da qualificação e da disseminação das práticas de
monitoramento e avaliação no setor do investimento social privado e
das organizações da sociedade civil.
90 %
70 %
66 %
59 %
37 %
Os relatórios de andamento dos projetos ou programas são o
principal processo de sistematização utilizado durante a fase
de execução, enquanto diagnóstico inicial/ marco zero/ linha
de base são mais utilizados durante a fase de desenho/
elaboração. Teoria da mudança é o processo menos adotado
pelos 369 projetos ou programas mais representativos dos
investidores sociais respondentes do Censo GIFE.
Fonte: Censo GIFE, 2018.
86 %
41 %
O baixo índice de organizações que não realizam nenhum tipo
de avaliação e nem têm intenção de fazê-lo em breve sugere
que os investidores sociais reconhecem a importância dessa
prática e aponta para uma oportunidade de universalização
futura dessa agenda no campo da filantropia no Brasil.
Fonte: Censo GIFE, 2018.
Nota: * No Censo 2018 foram apresentadas duas novas alternativas, o que pode impactar a comparação com 2016.
**ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial; GRI - Global Reporting Initiative.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Nota: N/D – não disponível, alternativa não estava presente na pesquisa.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Os investidores sociais indicam como práticas e políticas de avaliação
mais frequentes o estabelecimento de critérios para definir a
periodicidade de avaliação de projetos ou programas, a divulgação dos
resultados das avaliações para o público interno e a sistematização de
experiências e boas práticas em avaliação para serem compartilhadas
internamente, o que sugere maior ênfase no público interno. Políticas de
avaliação alinhadas às metas e indicadores dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) são as menos frequentes.
Há maior incidência de práticas e políticas de avaliação de projetos ou
programas em organizações com orçamento superior a R$ 20 milhões,
especialmente quando sua adoção depende mais de recursos
financeiros e humanos.
Embora sejam menos adotadas pelos respondentes,
iniciativas de sistematização de experiências e boas
práticas apresentam variação menor entre as
organizações por faixa de investimento.
Práticas ou políticas alinhadas aos
ODS têm maior destaque nas
organizações com orçamento de
mais de R$ 50 milhões.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
63 %
55 %
De forma geral, as organizações estão mais estruturadas para
desenvolver atividades de monitoramento do que de avaliação de
projetos ou programas. Esses resultados possivelmente se justificam em
função das particularidades e diferenças entre monitoramento e
avaliação em termos de regularidade da atividade, conhecimento
técnico específico, custos etc.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
A equipe interna é a principal responsável pela coleta de informações
para monitorar projetos ou programas, com destaque para o controle de
atividades financeiras (prestação de contas), enquanto equipes externas
são contratadas principalmente para coleta da percepção dos envolvidos,
o tipo de informação menos monitorado entre os apresentados.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Veja mais no infográfico de Políticas Públicas
publicado pelo
GIFE clicando aqui.
Veja mais no infográfico sobre grantmaking
publicado pelo
GIFE clicando aqui.
Veja mais no infográfico sobre gestão institucional
e governança publicado pelo
GIFE clicando aqui.
Sabendo da importância, do potencial e dos limites das avaliações, assegurar sua qualidade é fundamental para que esses processos produzam os efeitos desejados. Assim, em consonância com as tendências internacionais, em 2020 a Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação, com o apoio da Agenda de Avaliação do GIFE, produziu a primeira edição de "Diretrizes para a prática de avaliação no Brasil".
As diretrizes foram elaboradas para compor o processo de reflexão, crítica e construção da avaliação, como um primeiro esforço da RBMA para propor marcos comuns para as avaliações realizadas no Brasil. Elas podem, portanto, ser tomadas como plataforma e possibilidade, mas nunca como imperativo, e certamente ajudam contratantes e avaliadores a encontrar caminhos para idealizar, desenhar, conduzir e utilizar avaliações com qualidade. Para tanto, as Diretrizes estão divididas em 4 dimensões que tratam das características desejáveis às avaliações, conheça abaixo os componentes de cada dimensão.
Acesse o conteúdo completo das
diretrizes
clicando aqui.
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