Censo GIFE 2018

10 Infográfico

Recursos financeiros no ISP

Ao lançar um olhar sobre as múltiplas dimensões dos recursos financeiros utilizados pelos investidores sociais é possível notar, em uma perspectiva história entre 2008 e 2018, a consolidação do volume total investido nos últimos anos, ainda que o volume de recursos investido seja impactado pela conjuntura política e econômica nacional e internacional. Há uma ampla heterogeneidade entre as organizações que responderam ao Censo GIFE 2018 quanto ao montante total de recursos, com investimentos que variam de RS 300 mil a R$ 600 milhões. Este infográfico traz uma análise do volume deste investimento a partir de uma perspectiva histórica, além de outros pontos de destaque sobre recursos aportados pelo campo, de modo a compreender sua composição, suas fontes de financiamento e suas oscilações diante da conjuntura inicialmente mencionada.

Volume de investimento
Investimentos se consolidam, ainda
que sofram impacto da conjuntura

R$ 3,25

bilhões foram investidos
pelas organizações
respondentes do Censo
GIFE 2018

Apesar dos desafios decorrentes da crise internacional de 2008 e
do cenário político e econômico instável no Brasil, as
organizações sustentaram um volume total médio de
investimentos de R$ 3,3 bilhões nesse período (valores atualizados
pelo IPCA). Os anos mais impactados foram 2015 e 2016, ainda que
mais organizações tenham sido incluídas no universo total.

Evolução do volume de investimento total (2008-2018)*
44,3 31,6 28,5 32,5 36,2 33,6 35,7 28,5 25,9 26,3 25,4 80 102 111 100 103 106 107 105 112 126 128 2008 3,55 2009 3,23 2010 3,17 2011 3,25 2012 3,73 2013 3,56 2014 3,82 2015 2,99 2016 2,90 2017 3,31 2018 3,25 -9% -2% 2% 15% -5% 7% -22% -3% 14% -2% Respondentes do censo % de variação total Valor total investido atualizado pelo IPCA (R$ bilhões) Valor médio investido atualizado pelo IPCA (R$ milhões)

*Nota: Para empresas, o volume de investimento se refere, sempre, aos recursos da área que coordena o investimento social.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

55 %

das organizações
aumentaram seu volume
total de investimento
entre 2017 e 2018

Ainda assim, o valor total investido apresentou leve
queda neste período, já que a parcela menor de
respondentes que sofreu redução orçamentária
agrupa organizações com maiores investimentos e
representa, assim, um volume de recursos maior.

Organizações por variação no total investido (2017 e 2018)
31% 10% 14% 18% 14% 12% Aumento superior a 20% Aumento de mais de 10% a 20% Aumento de até 10% Redução de até 10% Redução superior a 20% Redução de mais de 10% a 20% 55% das organizações tiveram aumento no total investido entre 2017 e 2018 45% das organizações tiverem redução no total investido entre 2017 e 2018

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Quando observado o investimento por tipo de investidor,
é possível perceber que entre 2017 e 2018 institutos e
fundações independentes aumentaram seu
investimento, enquanto empresas e institutos e
fundações familiares apresentaram queda.

Investimento total por tipo de investidor (2017 e 2018)*
R$ 666,49 R$ 426,99 R$ 260,15 R$ 1.956,97 R$ 633,54 R$ 386,00 R$ 295,17 R$ 1.917,87 - 5% - 10% 13% - 2% Empresas Inst./Fund. Empresariais Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Independentes 2017 (Valor total investido atualizado pelo IPCA, em milhões) 2018 (Valor total investido, em milhões)

*Nota: Base considerando apenas as organizações que informaram volume de investimento nos dois anos, totalizando R$ 3,2 bilhões.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Patamar de volume de
investimentos é variado
Maior parte das
organizações
investe até

R$ 6
milhões

É possível encontrar representantes de todos os tipos de
investidores sociais nas diferentes faixas de investimentos,
exceto acima de R$ 100 milhões, onde não constam
institutos e fundações independentes, e no intervalo entre
R$ 50 e 100 milhões, no qual não há empresas.

Organizações por faixas de volume de investimento

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Organizações por faixa de volume de investimento e tipo de investidor (2018)

Institutos e fundações empresariais
e familiares investem mais na faixa
até R$ 6 milhões.

Institutos e fundações independentes
e empresas investem mais na faixa
entre R$ 6 e 20 milhões.

12% 14% 14% 22% 0% 12% 6% 3% 0% 6% 3% 11% 12% 1% 3% 6% Até R$ 6 milhões Mais de R$ 6 milhões a R$ 20 milhões Mais de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões Mais de R$ 100 milhões Não informou Mais de R$ 20 milhões a R$ 50 milhões 35% 22% 28% 33% 29% 51% 48% 28% Empresas Inst./Fund. Empresariais Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Independentes Média R$ 5,7 milhões Médiana R$ 28,3 milhões Média R$ 10,3 milhões Médiana R$ 42,4 milhões Média R$ 5,7 milhões Médiana R$ 14,1 milhões Média R$ 10,5 milhões Médiana R$ 17,4 milhões

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Utilização dos recursos
Em 2018 o volume de recursos repassados a terceiros
aumentou em 100%, e a proporção de organizações que
repassam esses recursos foi a mais alta da série histórica
até agora. Ainda assim, a maior parte dos recursos é
destinado aos projetos, programas e ações próprios
Volume de investimento total por tipo de despesa orçamentária (2011, 2014, 2016 e 2018)
10% R$3,2 bilhões
A 2018

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Volume de investimento total por tipo de despesa orçamentária e tipo de investidor (2018)
Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Nota: Para as empresas os dados se referem ao orçamento das áreas que coordenam o
investimento social, por contarem com o apoio de outras áreas da empresa para o
desenvolvimento de suas atividades, as empresas classificam um percentual menor de seu
orçamento em custos administrativos.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Mais da metade dos 932 projetos ou programas
implantados pelos investidores sociais tem
orçamento de até R$ 1 milhão
Projetos por volume total investido (2018)*

*Nota: os dados sobre o orçamento dos projetos são aproximados devido à diferente forma de entendimento sobre a pergunta pelas organizações.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Fontes de recurso
Recursos de empresas
mantenedoras e outras PJ são as
fontes mais comuns....

...mas entre 2016 e 2018 aumentou a proporção de
investidores sociais que acessam rendimentos financeiros,
receitas oriundas de fundo patrimonial/ filantrópico ? ? O que são fundos patrimoniais/ filantrópicos? Os fundos patrimoniais, também conhecidos como fundos filantrópicos ou endowments, são uma ferramenta importante de financiamento da sociedade civil no Brasil. São formados a partir de um montante inicial – proveniente de uma doação de recursos ou bens – que é investido com o objetivo de financiar as atividades das organizações com seus rendimentos. Constituem-se, pois, como fonte de recurso de longo prazo capazes de tornar as organizações mais independentes da captação por projetos. Em geral, os fundos filantrópicos possuem regramentos próprios sobre a forma de utilização de seus recursos e sua estrutura de gestão, visando garantir que os rendimentos do fundo sejam aplicados apenas nas atividades finalísticas das OSC e que sejam geridos de forma a assegurar sua preservação e capitalização. A Lei 13.800/2019, promulgada recentemente, estabeleceu um regime específico para estruturação de fundos patrimoniais, que pode ou não ser adotado pelas organizações privadas. Para os fundos estruturados no molde dessa lei, exige-se a criação de uma entidade própria para gestão dos recursos, que pode ser uma associação ou fundação. A lei também prevê parâmetros mínimos de governança e uma série de compromissos de transparência que devem ser adotados pelos fundos. A nova lei, no entanto, não traz instrumentos que incentivem as doações, o que poderia favorecer a atração de recursos privados para os fundos. e
doações de pessoas físicas.

Organizações por tipos de fontes de recurso utilizadas (2016 e 2018)
69% 28% 21% 16% 16% 14% 14% 11% 9% 7% 3% 9% N/D 3% 67% 27% 26% 20% 17% 20% 14% 8% 7% 8% 5% 13% 2% 1% Empresa(s) mantenedora(s) Outros rendimentos financeiros (exceto endowment) Rendimentos de fundo patrimonial/ filantrópico ( endowment) Grupos familiares/ indivíduos mantenedores Outras pessoas físicas Venda de produtos e serviços Subvenções, convênios, termo de fomento e colaboração, contratos e outras parcerias com repasse de recursos públicos (exceto incentivo fiscal) Cooperação/ filantropia internacional Mensalidades ou contribuições associativas Bens e direitos Outros Outras pessoas jurídicas mantenedoras Não informou Outras pessoas jurídicas 2018 2016

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

72 %

dos R$ 3,25 bilhões investidos
são advindos de empresas
mantenedoras e fundos
patrimoniais/ filantrópicos

Outros rendimentos financeiros, que é a terceira fonte mais utilizada,
representa apenas 6% do investimento total. Vale destacar, portanto,
que, apesar de algumas fontes de recursos serem bastante utilizadas,
elas tem pouca representatividade no volume total de investimento
das organizações.

Investimento total por fontes de recursos (2018)
Empresa(s) mantenedora(s) Rendimentos de fundo patrimonial/ filantrópico (endowment) Outros rendimentos financeiros (exceto endowment) Venda de produtos e serviços Outras pessoas jurídicas Grupos familiares/ indivíduos mantenedores Mensalidades ou contribuições associativas Cooperação/ filantropia internacional Bens e direitos Outras pessoas físicas Outras pessoas jurídicas mantenedoras Outros Subvenções, convênios, termo de fomento e colaboração, contratos e outras parcerias com repasse de recursos públicos (exceto incentivo fiscal) 44% 28% 6% 4% 4% 3% 2% 2% 2% 1% 2% 1% 0%

Fonte: Censo GIFE, 2018.

A origem dos recursos das organizações pode ser própria, a partir do
repasse realizado pela(s) empresa(s) mantenedora(s) ou do rendimentos
de fundo patrimonial/ filantrópico (endowment) próprio; e/ ou de fontes
externas, como doações de pessoas físicas e jurídicas, venda de produtos
ou serviços, repasse de recursos públicos, etc.

Em 2018 há mais
organizações que
contam apenas com
recurso próprio
2016 10% 2018 47 52 % %

Quando perguntadas se possuem estratégias de captação, algumas
organizações que contam apenas com fontes de recursos próprias
indicaram ter estratégias de captação, como por exemplo, via uso de leis
de incentivo, por isso o percentual de organizações que declarou não
desenvolver estratégias é menor do que aquelas que foram classificadas
como possuindo apenas fontes de recursos próprias.

Em média, cada organização tem
cerca de duas estratégias de
captação de recursos
Organizações por estratégias de captação de recursos (2018)
Não informou Outros Acessa recursos do BNDES diretamente para projetos sociais Novos mecanismos, recursos e serviços financeiros para o campo social Contato com público diverso Eventos beneficentes ou de captação Cofinanciamento/ coinvestimento Participa de editais e chamamentos de órgãos ou fundos públicos Campanhas e comunicação para o público geral, periódicas ou contínuas Ferramenta online para doações Convite a colaboradores da organização respondente ou da(s) empresa(s) mantenedora(s) Não faz captação/ não tem estratégias estruturadas Contato direto com possíveis doadores (PF ou PJ) Leis de incentivo fiscal Elaboração de projetos de financiamento para processos seletivos e editais 47% 31% 23% 20% 14% 14% 14% 14% 12% 9% 10% 4% 3% 3% 1%

Fonte: Censo GIFE 2018.

Institutos e fundações familiares e independentes têm estratégias de
captação mais diversificadas do que empresas e seus respectivos
institutos e fundações, que se apoiam mais em fontes de recursos
próprias, bem como em leis de incentivo.

Organizações por estratégias de captação e tipo de investidor (2018)
Não faz captação/ não tem estratégias estruturadas Contato direto com possíveis doadores (PF ou PJ) Leis de incentivo fiscal Elaboração de projetos de financiamento para processos seletivos e editais Convite a colaboradores da organização respondente ou da(s) empresa(s) mantenedora(s) Campanhas e comunicação para o público geral, periódicas ou contínuas Participa de editais e chamamentos de órgãos ou fundos públicos Cofinanciamento/ coinvestimento Eventos beneficentes ou de captação Contato com público diverso Novos mecanismos, recursos e serviços financeiros para o campo social Acessa recursos do BNDES diretamente para projetos sociais Outros Não informou Ferramenta online para doações 38% 34% 34% 14% 34% 21% 28% 17% 14% 3% 3% 3% 3% 17% 41% 58% 16% 16% 10% 3% 6% 7% 12% 4% 3% 4% 6% 0% 4% 22% 53% 35% 6% 12% 0% 12% 6% 6% 6% 0% 0% 0% 6% 0% 6% Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Empresariais Empresa 17% 22% 28% 33% 39% 39% 22% 11% 22% 11% 6% 0% 0% 28% 72% Inst./Fund. Independentes 1° estratégia de captação mais relevante 2° estratégia de captação mais relevante

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Incentivos fiscais
No Brasil, as leis de incentivos fiscais estão presentes nas 3
esferas de governo e estabelecem como empresas e pessoas
físicas podem direcionar parte de seus tributos para projetos
aprovados pelo governo
Âmbito
federal
7 legislações ativas, que somadas
permitem o direcionamento de até 9%
do Imposto de Renda devido.
Esporte Apoio a crianças e adolescentes Apoio aos idosos Apoio a trantamentos oncológico - Pronon Apoio a pessoa com definciência - Pronas/PCD Cultura 1% 1% 1% 1% 1% 4%
Âmbito
estadual
20 legislações ativas em 12 estados
distintos, permitindo até 20% do ICMS a
depender do estado.

5.223

projetos captando
nesse momento.

R$ 1,3

bilhões de reais em
projetos aprovados.
Âmbito
municipal
Dentre as legislações municipais, as de maior
destaque são as de São Paulo e do Rio de Janeiro,
onde até 20% do ISS e IPTU somados podem ser
direcionados para projetos aprovados.

3.717

projetos captando
nesse momento.

R$ 1,5

bilhões de reais em
projetos aprovados.

Para mais informações sobre cada legislação acesse o Manual do Patrocinador

Fonte: simbiose Social

457 14 R$ MILHÕES FORAM INVESTIDOS POR MEIO DE INCENTIVOS FISCAIS NO CENSO GIFE 2018 ISSO REPRESENTA DOS INVESTIMENTOS TOTAIS %
Proporção de incentivos fiscais no volume
total investido não sofreu alteração
Proporção de investimentos por meio de incentivos fiscais no investimento total (2014, 2016 e 2018)
17% 2014 2016 2018 14% 14%

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Entre 2014 e 2018 diminuiu ligeiramente a
parcela de organizações que utilizam
incentivos fiscais
Organizações por uso de incentivos fiscais (2014, 2016 e 2018)
40% 2014 2016 2018 37% 35%

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Como esperado, empresas e seus institutos e fundações
são os que mais utilizam incentivos fiscais
Organizações por uso de incentivos fiscais e tipo de investidor (2018)
Empresas Inst./Fund. Empresariais Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Independentes 71% 39% 17% 18%
Enquanto 3 em cada 4 empresas
utilizam incentivos fiscais, somente 1
em cada 4 institutos / fundações
independentes utiliza incentivos fiscais.

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Em relação ao montante total investido, cerca de um quarto do
valor aportado pelas empresas é oriundo de incentivo fiscal. Esse
valor é expressivamente menor entre institutos e fundações
familiares e independentes.
Proporção de investimentos por meio de incentivos fiscais no investimento total por tipo de investidor (2018)
Empresas Inst./Fund. Empresariais Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Independentes 26% 14% 3% 1%

Fonte: Censo GIFE, 2018.

Para 70 % das organizações que utilizam leis
de incentivos, os recursos incentivados
representam menos da metade do seu volume
de investimento total
Organizações que usam incentivo fiscal por proporção dos recursos incentivados no volume de investimento total (2018)
34% Até 10% De 11% a 25% De 26% a 50% De 51% a 75% De 76% a 99% Investe 100% Utiliza leis de incentivo, mas não informou valor 13% 13% 15% 21% 2% 2%

Fonte: Censo GIFE, 2018.

92 %

das empresas que utilizam incentivos
fiscais utilizam entre 6 e 9 leis,
entre institutos e fundações
empresariais essa proporção é de 67%,
enquanto Institutos e fundações
independentes utilizam no máximo uma
lei de incentivo
Organizações por quantidade de leis de incentivo fiscal adotadas e tipo de investidor (2018)
Empresas Inst./Fund. Empresariais Inst./Fund. Familiares Inst./Fund. Independentes Total 1 lei 2 a 5 leis 6 a 9 leis Não usou leis de incentivo Não sabe responder Não informou 12% 6% 13% 10% 17% 1% 6% 6% 6% 10% 6% 11% 18% 14% 7% 12% 58% 47% 12% 72% 78% 24% 55%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

A participação das leis federais e estaduais em
relação ao montante total incentivado caiu entre
2016 e 2018, ainda assim leis de incentivo
federais contribuem com parcela mais
significativa do volume de recursos incentivados
Proporção do volume total de investimento via incentivos fiscais por nível de incentivo (2016 e 2018)
79% 14% 7% 76% 10% 14% Leis de incentivo federais Leis de incentivo estaduais Leis de incentivo municipais 2018 2016

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Entre as leis federais, a Lei Rouanet é a mais acessada, tendo
aumentado entre 2016 e 2018, aumento esse que puxou o
crescimento da proporção de recursos incentivados voltados à
cultura nesse mesmo período.
As leis de incentivo da esfera municipal mais acessadas pelas
organizações são os fundos da criança e do adolescente e do
idoso, enquanto incentivo à cultura e incentivo ao esporte são as
principais da esfera estadual.
Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo de esfera federal no investimento incentivado total (2016 e 2018)
Outras leis federais Leis de Incentivo ao Esporte Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) Fundo Nacional do Idoso Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente (FNCA) Doações para entidades caracterizadas como OSC Lei do Audiovisual Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência(Pronas) Lei Rouanet 12% 9% 7% 2% 2% 0,4% 0,3% 5% 39%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo de esfera estadual no investimento incentivado total (2016 e 2018)
Incentivo à cultura Incentivo ao esporte Fundos estaduais dos direitos das crianças e adolescentes 7% 3% 0,1%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo de esfera municipal no investimento incentivado total (2016 e 2018)
Fundos municipais dos direitos das crianças e adolescentes Fundos municipais do idoso Incentivo à cultura Incentivo ao esporte 7% 6% 1% 0,2%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Cresceu a proporção de
recursos incentivados de PF
Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo de pessoa física e de pessoa jurídica
99,7% 0,3% 97,4% 2,6% Pessoa Jurídica (PJ) Pessoa Física (PF) 2018 2016

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

UMA ANÁLISE DA LEI ROUANET
Conheça alguns dados sobre a utilização, o perfil dos direcionadores e a distribuição dos recursos
da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) elaborados pela Simbiose Social.
Apesar do crescimento histórico da Rouanet, o teto
disponível de direcionamento ainda não foi atingido
Valor Aprovado x Valor Direcionado x Limite Disponível (2017-2019)
R$ 5.276 R$ 6.175 R$ 3.569 R$ 1.500 R$ 1.548 R$ 1.185 R$ 1.327 R$ 1.427 R$ 1.357 Projetos aprovados 2017 2018 2020 Captado Total Teto % captados vs aprovados % captados vs teto 87% 93% 97% 22% 21% 42% Valores em milhões

Nota: *O Teto disponível é o valor máximo de renúncia fiscal liberado pelo governo para o
direcionamento fiscal da Lei Federal de Incentivo à cultura.

A taxa de captação dobrou no comparativo de 2018 com 2019, entretanto o crescimento
percentual foi decorrente principalmente da redução no valor de projetos aprovados. A redução
do valor bruto aprovado em 2019 se dá em grande parte pelo novo teto determinado pela
legislação para projetos individuais, que agora não podem ultrapassar R$ 1 milhão. A mudança
impactou principalmente proponentes pessoas jurídicas com fins lucrativos e projetos como
musicais e grandes produções artísticas.

97 %

dos recursos captados entre 2007 e
2009 são direcionados por empresas
(pessoa jurídica)
Pessoa Física Pessoa Juridica TOTAL R$ 35.201.405,60 R$ 1.150.381.711,57 R$ 1.185.583.168,17 R$ 39.168.821,82 R$ 1.288.516.611,20 R$ 1.327.685.433,02 R$ 47.581.326,14 R$ 1.453.215.857,01 R$ 1.500.797.183,15 R$ 121.951.604,56 3% 97% R$ 3.892.114.179,78 R$ 4.014.065.784,34 2019 TOTAL2017 - 2019 % TOTAL2017 - 2019 2018 2017

67 %

do volume captado via empresa está
concentrado nos 4% maiores direcionadores
Quantidade de empresas e valor total direcionado por faixas de direcionadores
Faixas de volume de recursos direcionados pelas empresas 88% 15% 6% 12% 33% 34% 5.256 R$ 599.267.108,95 R$ 248.985.630,71 R$ 457.125.832,10 R$ 1.266.612.563,03 R$ 1.320.520.014,19 4% 4% 215 4% 218 3% 206 1% 44 Quantidade de empresas Valor Direcionado R$ 0 a R$300 mil R$ 500 mil a R$ 1 milhão R$ 300 a R$ 500 mil R$ 1 milhão a R$ 5 milhão acima de R$ 5 milhões 67%
Apesar do crescimento do número bruto de empresas
que utilizam a Lei Rouanet, ainda há uma concentração
relevante do volume total captado em empresas que
direcionam valores maiores que R$ 1 milhão.
Concentração nas regiões Sudeste e Sul
dos proponentes que mais captaram
Distribuição de proponentes captadores, ponderados pela população local (soma 2016, 2017 e 2018)
0,000000 BRASILAcumulado do valor captado em 2016/17/18 per capita (RS) 0,000001 a 5,000000 5,000001 a 10,000000 10,000001 a 22,000000 22,000001 a 49,730000 RS PR SC SP RJ ES MG BA DF TO PI CE RN PB PE AL SE GO MS MT MA RO AC AM RR AP PA

*Nota: o mapa não apresenta a distribuição da realização dos projetos, apenas a origem dos responsáveis pela execução..

Essa concentração ocorre ainda que ponderando a
população de cada estado, como mostra o mapa. Apenas
São Paulo e Rio de Janeiro tem captação per capita entre
R$22,00 e R$49,73.