Censo GIFE 2018

3 Infográfico

Grantmaking: avanços do campo no financiamento a terceiros

Compreender como os investidores sociais financiam outras organizações é fundamental para analisar as formas de atuação da filantropia no Brasil. De 2016 para 2018 houve crescimento no número de investidores sociais classificados pelo GIFE como “essencialmente financiadores” e dobrou o volume de recursos repassado para apoio institucional ou projetos/ programas de terceiros. Os investidores sociais privados repassam recursos principalmente para organizações da sociedade civil (OSC), apesar do grantmaking ? Grantmaking é um termo importado do inglês, para o qual para o qual não há tradução precisa em português, e que define uma estratégia de atuação do campo da filantropia e do investimento social que pode ser adotada pelos diversos atores da filantropia - sejam eles fundações, institutos, fundos filantrópicos, empresas e outros investidores sociais. Essa estratégia de atuação consiste no repasse de recursos financeiros, de forma estruturada, para organizações ou iniciativas de interesse público, e não à operacionalização de projetos próprios.

O grantmaking é, em geral, associado ao apoio à Organizações da Sociedade Civil (OSC), mas pode se referir também ao financiamento de outros tipos de organizações como universidades, centros de pesquisa, negócios de impacto social, movimentos, lideranças ou grupos comunitários, centros culturais, museus, equipamentos públicos como escolas e hospitais, administração pública e outros possíveis dionatários (grantees). Pode se dar para diversos tipos de apoio como a iniciativas, projetos ou programas, a ações de advocacy/ incidência pública, para o desenvolvimento institucional das organizações, entre outros.
não se restringir a esse tipo de repasse de recursos e envolver diversos outros perfis de organizações. Na escolha de que OSC apoiar destacam-se critérios como confiabilidade, transparência e expertise em sua área de atuação, enquanto a mensuração do impacto dos projetos/ programas se apresenta como um ponto de dificuldade apontado pelos investidores sociais na relação com as OSC.

Forma de atuação
23% dos respondentes foram classificados pelo Censo GIFE 2018 como essencialmente financiadores de terceiros ? Atuação majoritariamente voltada ao apoio a terceiros (mais de 90% dos recursos de projetos, excluindo custos administrativos, para financiar projetos de terceiros).
INSTITUTOS E FUNDAÇÕES FAMILIARES INSTITUTOS E FUNDAÇÕES INDEPENDENTES EMPRESAS INSTITUTOS E FUNDAÇÕESEMPRESARIAIS 16% 41% 24% 28%
Nota: a pesquisa foi realizada em 2019 com dados referentes a 2018.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE

Consulte o infográfico Diversidade no campo do ISP para visualizar os dados
completos. No infográfico Censo GIFE e BISC , esses dados aparecem abertos por
tipo de investidor e comparados entre as duas pesquisas.

Repasse de recursos financeiros/ grantmaking
Em 2018, os investidores
sociais repassaram
R$ 1,1 bilhões a terceiros,
aumento de 100% se
comparado com os
R$ 573 milhões
repassados em 2016*
Assim, a proporção de
recursos investidos em
projetos de terceiros
cresceu de 21% em 2016
para 35% em 2018

* Valores atualizados pelo IPCA

Empresas destinam a maior parte de seus
recursos a terceiros
Investimento total por distribuição orçamentária (2018)
Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Nota: Para as empresas os dados se referem ao orçamento das áreas que coordenam o
investimento social, por contarem com o apoio de outras áreas da empresa para o
desenvolvimento de suas atividades, as empresas classificam um percentual menor de seu
orçamento em custos administrativos.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Enquanto institutos e
fundações empresariais, familiares e
independentes destinam
maior proporção de
recursos para projetos
próprios, empresas
destinam 71% de seus
recursos a projetos de
terceiros.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

OSC são o principal tipo de organização a receber recursos, mas não são as únicas...
...em 2018, o repasse a negócios de impacto e instituições acadêmicas, centros de pesquisa e universidades se destacou, mas outros atores foram indicados, como movimentos sociais e coletivos, centros culturais ou museus, equipamentos sociais públicos entre outros, mostrando que os recursos são destinados a uma grande variedade de tipos de organizações.
Organizações por tipo de terceiros para os quais repassam recursos
64% 59% 26% 10% 24% 19% 14% 20% 11% 9% 11% 11% 8% 10% 9% 8% 4% 5% 6% 3% 6% 5% 9% 7% N/D 0% 4% 2% 29% 29% 4% N/D 11% N/D 11% N/D 10% N/D 2018 2016 Negócios de impacto ou acelerados e organizações intermediárias Instituições acadêmicas, centros de pesquisa, universidades Outros investidores sociais Indivíduos (ex.: pesquisadores, artistas, produtores) Movimentos sociais/ coletivos/ redes Fundos independentes, locais e/ ou comunitários Sistema S Centros culturais ou museus Cooperativas Equipamentos sociais públicos (ex.: escolas, hospitais) Associações patronais e profissionais Não repassa Associações ou fundações internacionais Entes federativos, órgãos da administração pública direta ou indireta Sindicatos ou partidos politicos Não informou Fundos públicos OSC Outros Entre 2016 e 2018 foi significativo o aumento do repasse de recursos a negócios de impacto e instituições acadêmicas, centros de pesquisa e universidades. Entre os 16 diferentes tipos de organizações apresentados no Censo, apenas um não foi indicado como apoiado pelos respondentes.

Nota: N/D – não disponível, alternativa não estava presente na pesquisa.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Os recursos são
repassados, em média,
para 3,2 tipos de
organizações diferentes
Os 94 investidores sociais que repassam recursos a
terceiros representam 71% do total de respondentes
e repassam recursos para 39 organizações em
média, sendo que a maior parte repassa para mais
de 11 organizações.
Organizações que repassam recursos pela quantidade de terceiros que apoiam (2018)
13% 27% 33% 27% EMPRESAS
2% 22% 35% 41% INST./ FUND.EMPRESARIAIS
5% 65% 30% INST./ FUND.FAMILIARES
10% 30% 50% 10% INST./ FUND.INDEPENDENTES
Até 10 organizações financiadas De 11 a 50 organizações financiadas Acima de 50 organizações financiadas Não informou perfil ou quantidade

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Relação com OSC

67 %

dos investidores
sociais repassam
recursos financeiros para
OSC, seja diretamente ou
via fundos

60 %

apontam o
fortalecimento
institucional como
um foco de sua
atuação

62 %

indicam ter OSC
como parceiras em
seus projetos/
programas

17 %

indicam ter OSC
como principais
beneficiárias de seus
projetos/ programas

Volume de recursos repassados
Dos R$ 1,1 bilhões
repassados para terceiros,
R$ 511,3 milhões (45%) são
repassados apenas a OSC
Mínimo R$ 36 mil Mediana R$ 1,4 milhão Média R$ 6,2 milhões Máximo R$ 97 milhões
Há grande variação no
volume de recursos repassados a OSC
Organizações por volume de recursos repassados a OSC (2018)
Apenas entre os
institutos e fundações
independentes a
variação no volume de
repasse é menor,
havendo maior
concentração de
repasses de altos
valores nesse perfil.
Apenas entre os
institutos e fundações
independentes a
variação no volume de
repasse é menor,
havendo maior
concentração de
repasses de altos
valores nesse perfil.
Apenas entre os
institutos e fundações
independentes a
variação no volume de
repasse é menor,
havendo maior
concentração de
repasses de altos
valores nesse perfil.
Apenas entre os
institutos e fundações
independentes a
variação no volume de
repasse é menor,
havendo maior
concentração de
repasses de altos
valores nesse perfil.
Apenas entre os
institutos e fundações
independentes a
variação no volume de
repasse é menor,
havendo maior
concentração de
repasses de altos
valores nesse perfil.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Organizações que repassam recursos para OSC por faixa de investimento (2018)
56% 69% 70% Faixa de volume de investimento dos investidores sociais Até R$ 6 milhões Mais de R$ 6 milhões a R$ 20 milhões Mais de R$ 20 milhões a R$ 50 milhões Mais de R$ 50 milhões 93% R$ 781.246,82 R$ 10.329.192,50 R$ 3.198.898,80 R$ 22.009.900,01 % que repassa recursos para OSC Valor médio repassado para OSC
Apesar de haver organizações
com grandes volumes de
investimento que não apoiam ou
repassam percentuais pequenos
de seus orçamentos para
terceiros, o volume médio de
recursos repassados para OSC
cresce com o aumento do
orçamento da organização.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Novos mecanismos de repasse de recursos
Novos mecanismos de repasse de recursos podem
ser mais explorados pelos investidores sociais
Organizações que repassam recursos para OSC por utilização de novos mecanismos para repasse de recursos (2018)
Dentre os investidores sociais
que repassam recursos
financeiros para OSC (67%),
35% utilizam novos
mecanismos ?

Exemplos de novos mecanismos, recursos ou serviços financeiros para o campo social

Investimento de impacto: trata-se do uso de recursos privados e públicos via instrumentos financeiros, novos e existentes, em atividades que visam produzir impacto socioambiental com sustentabilidade financeira, podendo ou não gerar retorno financeiro sobre o capital investido. Os Investimentos de Impacto buscam atrair recursos oferecendo (a quem doa ou investe) a medição do impacto socioambiental gerado. Fonte: Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto.

Matching: no âmbito do Censo GIFE, trata-se do conceito em que cada organização aporta para um projeto/programa/iniciativa um mesmo valor ou valores definidos por regras determinadas a priori.

Crowdfunding: é o financiamento para iniciativas de interesse coletivo através da colaboração de um grupo, que pode ser pequeno ou muito grande, geralmente composto de pessoas físicas. O termo vem sido usado para descrever ações especificamente pela Internet para arrecadar dinheiro para diferentes tipos de projetos, a partir de plataformas específicas como por exemplo o site Catarse. Fonte: Crowdfunding Brasil.

para
financiamento de projetos/
programas de outras
organizações, proporção
pequena considerando o
percentual de respondentes que
repassa recursos.
7% 73% 20% EMPRESAS
7% 58% 36% INST./FUND.EMPRESARIAIS
53% 47% INST./FUND.FAMILIARES
60% 40% INST./FUND.INDEPENDENTES
Aporta recursos via novos mecanismos Não aporta recursos via novos mecanismos Não sabe responder

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Estratégias de apoio a OSC
74% dos investidores
sociais adotam
alguma estratégia
de apoio a OSC
Um alto percentual de investidores sociais adota
estratégias de apoio a OSC, mas prevalece a
execução de projetos próprios
Organizações por estratégia de atuação (2018)
ESTRATÉGIAS DE EXECUÇÃO DE PROJETOS PRÓPRIOS ESTRATÉGIAS DE APOIO A OSC 2016 2018 87% 80% 77% 74% 7pp 3pp

*pp: pontos percentuais

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Dentre as estratégias de apoio a OSC, caiu o apoio por meio doações/
patrocínios eventuais, enquanto cresceu a parcela de investidores sociais que
apoia institucionalmente OSC, provendo auxílio financeiro independente de
projetos/ programas.
Organizações por estratégias de apoio a OSC (2018)
2018 2016 54% 43% 30% 38% 58% 55% 24% N/D Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editas regulares Apoia projetos/ programas de OSC por meio de doação/ patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos com outras organizações,compartilhando autoria, governança eprocessos de tomada de decisão Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro desvinculado de projetos/ programas)
Entre institutos e fundações
familiares prevalece o apoio
institucional a OSC.
Entre as empresas tem
destaque as estratégias
vinculadas a editais,
processo regulares ou
por meio de doação/
patrocínio eventual.
Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editas regulares Apoia projetos/ programas de OSC por meio de doação/ patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos com outras organizações,compartilhando autoria, governança eprocessos de tomada de decisão Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro desvinculado de projetos/ programas) 47% 82% 71% 29%
Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editas regulares Apoia projetos/ programas de OSC por meio de doação/ patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos com outras organizações,compartilhando autoria, governança eprocessos de tomada de decisão Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro desvinculado de projetos/ programas) 36% 54% 39% 22%
Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editas regulares Apoia projetos/ programas de OSC por meio de doação/ patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos com outras organizações,compartilhando autoria, governança eprocessos de tomada de decisão Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro desvinculado de projetos/ programas) 34% 45% 45% 48%
Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editas regulares Apoia projetos/ programas de OSC por meio de doação/ patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos com outras organizações,compartilhando autoria, governança eprocessos de tomada de decisão Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro desvinculado de projetos/ programas) 33% 33% 44% 28%

Nota: N/D - não disponível, alternativa não estava presente na pesquisa.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Um olhar sobre os editais

De acordo com mapeamento feito pela Pesquisa Editais Brasil –
Prosas ? Os dados apresentados são um recorte pontual da pesquisa Editais Brasil, recém-lançada pela startup Prosas, que mapeou cerca de 1.700 chamadas públicas nacionais e internacionais que permitia inscrições do país. , em 2019, os investidores sociais privados*:

Desenvolveram 197
editais, 12% do total de
editais mapeados**

O que representa um
valor médio de
R$ 2.747.994, quase
35% a mais do que a
média geral***

59% do montante
investido para
grantmaking são
provenientes de
recursos não
incentivados e o
restante de incentivos
fiscais

Participação do patrocinador
no volume total de recursos
aportados nos editais de
grantmaking (2019)

Aportando R$ 322
milhões, 25% dos
recursos totais
mapeados**

Quase metade dos
recursos foram
destinados para
grantmaking – apoio
a organizações
sociais e projetos****

No volume total aportado para organizações
sociais e projetos de terceiros, os investidores
sociais privados têm uma representatividade
maior do que os governos, fato bastante
relevante já que, de forma geral, governos
são mais representativos tanto na quantidade
quanto no valor aportado nos editais.
14% 27% 34% 0,1% 0,1% 25% Governo InvestidoresSociaisPrivados Órgãosinternacionais Parlamentares OSC Aceleradoras
9% 12% 13% Inst./ Fund.empresarial Empresa(incluindo Economia Mista) Inst./ Fund. nãoempresarial { Investidores SociaisPrivados

Notas: * Nesse mapeamento, 122 investidores sociais privados lançaram editais, entre institutos, fundações e empresas, incluindo empresas de economia mista.

** Foram mapeados um total de 1.675 editais lançados em 2019.

*** O valor total foi informado ou consta no regulamento de 59% dos editais, o que significa que o volume de recursos aportado certamente é ainda maior do que o mencionado.

**** No levantamento do Prosas, esses editais não se limitaram ao apoio às Organizações da Sociedade Civil, mas contemplam também iniciativas de coletivos não formalizados ou mesmo de produtores culturais (no caso, por exemplo, das leis de incentivo à cultura).

Fonte: Prosas, 2019.

O repasse de recursos via fundos
ainda é pouco explorado
O Censo GIFE mediu três
possibilidades de apoio a OSC: por
meio de repasse direto de recursos
financeiros, de repasse de recursos
financeiros via fundos
independentes, locais e/ou
comunitários e via recursos técnicos.
O apoio via fundos é o menos
apontado pelos investidores sociais,
sendo o repasse de recursos
financeiros diretamente para a OSC
a forma mais praticada de apoio.

Organizações por estratégia de apoio a OSC e tipo de
recurso (2018)

29% 48% 41% 30% 3% 7% 5% 3% 10% 27% 14% 21% Apoia institucionalmente organizações da sociedade civil (apoio financeiro desvinculado de projetos/programas) Apoia projetos/programas de organizações dasociedade civil, a partir de linhas programáticas pré-estabelecidas e/ou processos de seleção/editais regulares Apoia projetos/programas de organizações da sociedade civil por meio de doação/patrocínio pontual e eventual Desenvolve projetos conjuntamente com outras organizações compartilhando autoria, governança e processos de tomada de decisão para execução Com recursos financeiros diretamente para as OSC apoiadas Com recursos financeiros via fundos independentes, locais e/ ou comunitários Com recursos técnicos

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

É mais comum que os
investidores sociais
apoiem OSC através
apenas do repasse de
recursos financeiross
E quando escolhem repassar recursos técnicos, preferem
fazer isso em conjunto com o repasse de recursos
financeiros. A proporção de organizações que optam
unicamente pelo apoio com recursos técnicos é bem menor.
Organizações por tipo de recurso de apoio a OSC (2018)
Institutos e fundações
familiares costumam apoiar
OSC principalmente com
recursos financeiros e
técnicos.
Empresas não realizam
apoio apenas com
recursos técnicos.
12% 41% 47% EMPRESAS
22% 28% 38% 13% INST./ FUND.EMPRESARIAIS
31% 28% 38% 3% INST./ FUND.FAMILIARES
44% 28% 28% INST./FUND.INDEPENDENTES
Só com recursos financeiros Só com recursos técnicos Com recursos financeiros e técnicos Não apoiaOSCs

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Critérios para apoiar OSC
Na seleção das OSC
apoiadas, confiabilidade,
transparência e expertise
são prioridades
Critérios relacionados a confiança na organização têm
mais peso do que critérios ligados mais diretamente a
capacidade de gestão e execução das atividades, porém
apenas a trajetória da organização ou o fato de ser
conhecida pela equipe e por parceiros do investidor social
não é suficiente para essa construção de confiança.
Organizações por critério para apoiar OSC (2018)
62% 31% 53% 50% 44% 44% 41% 29% 28% 26% 17% 11% 5% Confiabilidade e transparência da OSC ou de seus líderes Conhecimento e expertise dos temas e causas/ser uma referência na área Capacidade de articulação com redes e outros atores Capacidade de gestão (financeira, programática, etc.) Capilaridade, capacidade de diálogo e influência da OSC sobre públicos específicos Eficiência e alcance de resultados/ impacto comprovados Processos de monitoramento e avaliação bem definidos Capacidade de inovação/ ter projeto inovadores Trajetória ou antiguidade da OSC Indicação da equipe ou de membros do conselhodeliberativo, mantenedores ou parceiros Representatividade/ diversidade na equipe Não apoia OSC Outros Representatividade/ diversidade na composição da equipe foi o critério menos indicado pelas organizações na hora de escolher apoiar OSC.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Motivações e desafios para o apoio a OSC
Os motivos para apoiar OSC estão mais conectados com selecionar organizações
capacitadas e com legitimidade para desenvolver as iniciativas desejadas, porém cresceu
nos últimos anos a compreensão de que é papel do investimento social contribuir para o
fortalecimento e a sustentabilidade das OSC.
Organizações por dois principais motivos para apoiar OSC (2018)
67% 65% 41% 47% 39% 21% 1% 36% 35% 10% 10% 18% 10% 11% 23% 26% 2% 0% N/D N/D 51% A realização dos projetos/ programas conta com OSC capazes de operacionalizá-los e executá-los em contextos/ territórios/ causas prioritários É parte daestratégia apoiarOSC que têmlegitimidade para atuar nos temas ou junto a grupos sociais de seu interesse É parte dafinalidade doinvestimentosocial privadocontribuir para ofortalecimento da sociedade civil no Brasil e para asustentabilidadede OSC É parte daestratégia apoiarOSC quedefendem causasou grupos sociaisque outros atoresnão estãodispostos a apoiar É parte daestratégia apoiarOSC queinfluenciampolíticas públicasou realizamcontrole social Outros Não apoia OSC 2018 2016 2014
Caiu entre 2016 e 2018 a parcela
de investidores sociais que escolhe
apoiar OSC que influenciam políticas
públicas ou realizam controle social.
Essa queda aconteceu para todos os
tipos de investidor.

Nota: N/D - não disponível, alternativa não estava presente na pesquisa.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Monitoramento, avaliação e
mensuração de impacto
estão entre as principais
dificuldades no apoio a OCS
Apesar de carências internas das OCS,
como fragilidades na gestão, terem
destaque entre as dificuldades
enfrentadas no apoio a OSC, problemas
relacionados a avaliação das iniciativas
têm maior peso.
Organizações por duas principais dificuldades no apoio a OSC (2018)
36% 6% 22% 14% 13% 13% 6% 4% 3% 1% 2% 2% 11% 26% 3% 2% 0% 2% 0% Dificuldade de mensurar impacto dos projetos/ programas Fragilidade na gestão/ baixa eficiência das OSC que buscam apoio Dificuldade de monitorar e avaliar as iniciativas das OSC apoiadas Restrições orçamentárias Excessiva dependência das OSC apoiadas Dificuldade de encontrar OSC que atuam nos contextos/ territórios/ causas apoiados pela Falta de capacidade ou tempo da equipe interna da organização respondente para a gestão do apoio às OSC Riscos relacionados ao perfil e/ ou às causas defendidas por essas OSC Apoio às OSC não é percebido como relevante pela sociedade Resistência da alta direção/ conselho deliberativo da organização respondente ou dos Inadequação ou alta complexidade dos mecanismos de incentivos fiscais para repasse de recursos a OSC Ausência de demanda/ demanda pouco qualificada por parte das OSC Entraves jurídicos relacionados ao repasse de recursos para OSC Dificuldade de encontrar OSC confiáveis e transparentes Dificuldade de estabelecer relações de confiança e boa comunicação com as OSC apoiadas Não enfrenta nenhuma dificuldade Não apoia OSC Perda de eficiência quando os projetos/programas são executados por OSC Outros Encontrar OSC confiáveis e transparentes, o principal critério para escolha de OSC a serem apoiadas, não é indicado como uma dificuldade pelos investidores sociais.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Motivações para não apoiar OSC
26% das organizações
respondentes não
apoiam OSC
E escolhem não apoiar principalmente
por acreditarem que projetos próprios
têm maior eficiência e por restrições
orçamentárias.
Organizações por dois principais motivos para não apoiar OSC (2018)
14% 1% 11% 5% 2% 2% 2% 1% 1% 11% 74% 1% 1% 0% 0% 0% Maior eficiência quando os projetos/ programas sãoexecutados diretamente Restrições orçamentárias Dificuldade de mensurar impacto dos projetos/ programas Resistência da alta direção/conselho deliberativo ou dos mantenedores Dificuldade de encontrar OSC que atuam nos contextos/causas/ territórios apoiados Entraves jurídicos relacionados ao repasse de recursos para OSC Riscos relacionados ao repasse de recursos Inadequação ou alta complexidade dos mecanismos deincentivos fiscais para doações a OSC Pouca confiança nas OSC Apoio às organizações da sociedade civil não é percebido como relevante pela sociedade Dificuldade de encontrar OSC confiáveis e transparentes Apoio a OSC não é percebido como elevante pela organização respondente Dificuldade de monitorar e avaliar as iniciativas das OSC apoiadas Ausência de demanda/ demanda pouco qualificada Apoia OSC Fragilidade na gestão/ baixa eficiência das OSC Outros 0%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Avaliação de projetos de terceiros
72% das organizações que apoiam terceiros dizem
avaliar os projetos ou programas apoiados
Organizações por forma de acompanhamento de projetos de terceiros (2018)
Faz visitas técnicas Estabelece indicadores e métricas de forma conjunta A organização respondente faz avaliação diretamente ou contratando consultoria externa Solicita preenchimento de ferramentas A organização apoiada é responsável por apresentar avaliação externa Outros Não avalia projeto/ programas de terceiros apoiados Não avalia projeto/ programas em geral Solicita e analisa relatórios 55% 41% 37% 34% 23% 5% 5% 2% 60%

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Conheça mais sobre grantmaking no GrantLab , a plataforma de compartilhamento
de conhecimento prático sobre grantmaking que visa contribuir
para um investimento social privado mais doador no Brasil!