Censo GIFE 2018

2 Infográfico

Censo GIFE e BISC: um panorama do investimento social

O GIFE e a Comunitas desenvolvem importantes pesquisas sobre o campo do investimento social privado (ISP) – o Censo GIFE e o BISC – e para construir uma visão integrada desse setor é fundamental olhar para suas complementações e especificidades. As duas pesquisas se complementam na medida em que exploram informações sobre o investimento social de perspectivas distintas e cada uma, a seu modo, introduz novos temas e achados que fazem parte do debate atual e que ampliam o conhecimento a respeito do ISP.

Apesar de haver similaridades entre o perfil dos respondentes, há complementações ainda em relação ao universo pesquisado, com o Censo GIFE 2018 abrangendo também os institutos e fundações familiares e independentes e com o BISC se aprofundando no campo corporativo. Assim, a análise das informações em conjunto é capaz de trazer um panorama mais fiel do campo do investimento social privado. Este infográfico, portanto, traz temas selecionados com o objetivo de apresentar o panorama do campo a partir dos resultados das duas pesquisas, abordando tópicos como a consolidação dos recursos investidos, o uso de incentivos fiscais, a forma de atuação dos investidores sociais e seus focos e regiões de atuação, bem como sua relação com parceiros e a atuação em rede e as perspectiva do futuro do campo.

CENSO GIFE
BISC
Em 2019, o Censo GIFE 2018 contou com
133 respondentes assim distribuídos:
image/svg+xml INSTITUTOS E FUNDAÇÕES INDEPENDENTES INSTITUTOS E FUNDAÇÕES FAMILIARES EMPRESAS 13% 13% INSTITUTOS E FUNDAÇÕES EMPRESARIAIS 52% 22%
?
Institutos/associações e fundações empresariais: são organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas por uma empresa ou seus acionistas. São geridas por pessoas ligadas à empresa que as mantém. Nem sempre todos esses fatores precisam existir simultaneamente, mas entendemos que, na maioria dos casos, a maior parte deles está presente.
?
Institutos/associações e fundações independentes: são organizações sem fins lucrativos mantidas geralmente por mais de uma organização ou indivíduo. Sua gestão e governança podem assumir diversos e variados formatos, não estando vinculados institucionalmente a uma única empresa, família ou organização.
?
Institutos/associações e fundações familiares: são organizações sem fins lucrativos criadas e mantidas por uma família ou indivíduo que também se envolvem na governança e/ou gestão da organização. São geridas de forma independente das empresas da família. Nem sempre todos esses fatores precisam existir simultaneamente, mas entendemos que, na maioria dos casos, a maior parte deles está presente.
Nota: as pesquisas foram realizadas em 2019 com dados referentes a 2018.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE
No último ano, o universo das 271 organizações abrangidas pelo BISC foi composto por 10 conglomerados que respondem por um conjunto de 250 empresas, 4 empresas que respondem individualmente e 17 institutos e fundações empresariais:
image/svg+xml 6% INSTITUTOS E FUNDAÇÕES EMPRESARIAIS EMPRESAS 94%
?
Trata-se de organizações sem fins lucrativos criadas e mantidas por uma empresa ou por seus acionistas.
Nota: as pesquisas foram realizadas em 2019 com dados referentes a 2018.
Fonte: BISC 2019, Comunitas

Veja as informações
sobre o GIFE e o CENSO GIFE em:

Veja as informações
sobre a Comunitas e o BISC em:

Consolidação dos investimentos

R$  3,6
bilhões
investidos em 2018
Investimentos se consolidam,
apesar de um cenário
econômico desfavorável
Evolução do valor total do investimento social (2009-2018)
Valor médio 2018 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 R$ 3,8 R$ 4,0 R$ 4,4 R$ 5,6 R$ 4,5 R$4,3 bilhões R$ 4,9 R$ 4,6 R$ 3,8 R$ 3,9 R$ 3,6

Nota: valores em bilhões de reais, ajustados pelo IPCA médio, retirando a duplicidade das informações de
organizações que responderam às duas pesquisas.

Fonte: BISC 2019, Comunitas; Censo GIFE 2018, GIFE.

Considerando as duas pesquisas,
investiu-se na última década,
em média, R$ 4,3 bilhões ao ano.
O valor total de recursos aplicados
em investimentos sociais oscilou
de forma bastante parecida entre
os participantes do Censo GIFE e
do BISC, em consonância com as
flutuações da economia, mas ainda
assim sustentou-se praticamente
o mesmo valor anual nos últimos 3
anos apresentados – 2016, 2017 e 2018.
Os dados apontam para a importância da
diversidade de investidores sociais
Os diferentes perfis de investidores
sociais sofreram de forma distinta
os impactos da conjuntura
econômica em seus investimentos.
Variação do valor de investimento social por tipo de organização (2017 e 2018)
CENSO GIFE
BISC
R$ 0,67 R$ 1,96 R$ 0,43 R$ 0,26 R$ 0,63 R$ 1,92 R$ 0,39 R$ 0,30 Inst./ Fund. Familiares Inst./ Fund. Independentes Inst./ Fund. Empresariais 2017 2017 2017 Empresas 2017 2018 2018 2018 2018 +13% -10% -2% -5% 55% das organizações aumentaram o valor total de investimento de 2017 para 2018, porém reduções em organizações com grandes orçamentos acabaram impactando na queda do valor total de recursos dos respondentes do Censo.
59% 2017 20% 8% 13% Empresas Inst./ Fund. Familiares Inst./ Fund. Independentes Inst./ Fund. Empresariais Total investidoR$ 3,31 bilhõesCenso GIFE
59% 2018 Inst./ Fund. Empresariais Total investidoR$ 3,25 bilhõesCenso GIFE 20% 9% 12% Empresas Inst./ Fund. Familiares Inst./ Fund. Independentes
Nota: valores em bilhões de reais, ajustados pelo IPCA médio.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
R$ 1,32 R$ 0,97 R$ 1,12 R$ 1,16 -26,2% 2017 2017 2018 2018 Empresas Inst./ Fund. Empresariais +3,5% Numa conjuntura incerta edesfavorável, as empresaspriorizaram os investimentosnas ações de mais longo prazo,desenvolvidos por meio dosseus institutos.
54% 2017 46% Empresas Inst./ Fund. Empresariais Total investidoR$ 2,4 bilhões BISC
46% 54% 2018 Inst./ Fund. Empresariais Empresas Total investidoR$ 2,1 bilhões BISC
Nota: valores em bilhões de reais, ajustados pelo IPCA médio.
Fonte: BISC 2019, Comunitas.
Fatores decisórios na definição dos recursos

Principais motivações para definir as estratégias e os recursos destinados
ao investimento social

Construção de um bomrelacionamento com a comunidade Estratégia de negócios Imperativo moral/ a coisa certa a fazer Imagem de reputação da empresa Regulamento interno Demanda de funcionários por investimentos sociais Vantagem competitiva Pressões das partes interessadas 9,3 9,0 8,8 8,5 7,5 5,7 5,4 4,8

Obs.: notas médias de uma escala de 1 a 10.

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

A construção de um bom relacionamento com a comunidade ocupou o primeiro lugar nas respostas fornecidas sobre os fatores que influenciam a escolha da estratégia social das empresas da Rede BISC.
Segundo dados do Censo GIFE, um maior percentual de mantenedores utilizou o orçamento do ano anterior com pequenos ajustes como critério para a definição do volume de recursos do ISP em 2018, no entanto, de 2016 para 2018, aumentou o peso dos resultados econômicos da mantenedora para a definição dos recursos do investimento social.

Organizações por critério para definição do volume de recursos destinados ao
investimento social (2018)

18% 0 50%

Orçamento da organização respondente (ano anterior com variações frente a demandas específicas)

16% 0 50%

% de resultados econômicos/ financeiros da(s) mantenedora(s)

15% 0 50%

Volume definido a partir do orçamento para atender às demandas dos projetos/ programas em curso ou possibilitar a execução do planejamento da organização

7% 0 50%

Empresa(s) mantenedora(s) não destina(m) recursos para a organização respondente ou não influencia a definição de seus recursos

5% 0 50%

Decisão da(s) empresa(s) mantenedora(s), sem critérios prédefinidos

4% 0 50%

Volume fixo anual corrigido pela inflação ou algum outro indicador para evitar queda real do orçamento definido

2% 0 50%

Desempenho do negócio da(s) empresa(s) mantenedora(s) no ano anterior, sem relação definida com algum indicador específico

2% 0 50%

Rendimento de fundo filantrópico/ patrimonial (endowment)/ aplicações financeiras da(s) mantenedora(s)

2% 0 50%

Limites das porcentagens definidas pelas leis de incentivo fiscal

2% 0 50%

Resultado de linha de produtos/ campanhas específicas

0% 0 50%

Aporte de recursos proporcionais àqueles doados pelos colaboradores ou por outras doações voluntárias

2% 0 50%

Outros

2% 0 50%

Empresa(s) da família mantenedora aportam recursos em projetos específicos – demandas de projetos específicos

2% 0 50%

Não sabe responder

1% 0 50%

Não informou

23% 0 50%

Não se aplica

Nota: pergunta não se aplica para institutos e fundações independentes e para familiares sem relação com as
empresas da família mantenedora.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

BISC e CECP: proporção dos investimentos sociais nos lucros brutos (2009-2018)

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1,40 1,60 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Mediana dos percentuais ANO BISC (2009/2018) CECP (2009/2018) 0,77 0,94 0,66 0,89 0,70 1,43 1,37 1,18 0,92 1,13 0,94 0,87 0,91 0,84 0,82 1,01 1,00 0,95 0,91 1,12
?

O Chief Executives for Corporate Purpose (CECP), organização parceira da Comunitas, é composto por uma rede internacional de organizações líderes que acreditam que a estratégia social de uma empresa - como ela se envolve com as principais partes interessadas, incluindo funcionários, comunidades, investidores e clientes - determina seu sucesso.

Sediado em Nova York e com parceiros em mais de 17 países, a organização apoia as empresas por meio do compartilhamento de informações e pesquisas colaborativas sobre as melhores práticas de cidadania corporativa.

O CECP possui um dos mais completos conjunto de dados sobre setor, compartilhado com mais de 500 empresas de grande porte, respondendo por cerca de U$ 250 bilhões em investimentos sociais corporativos, nos últimos 15 anos.

O BISC foi criado em 2008 sob a inspiração da pesquisa Giving in Numbers, desenvolvida pelo CECP, e desde então adota parte da sua metodologia para permitir comparações dos dados captados no Brasil com os padrões internacionais.

Informações sobre o CECP estão disponíveis em: https://cecp.co/home/our-coalition/the-global-exchange/

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Em sete dos dez últimos anos, o padrão de investimento social da Rede BISC esteve na frente ou empatado com o padrão das empresas norte americanas que participam da pesquisa do CECP.
Incentivos fiscais
$
Em2018, os
respondentes do
Censo GIFE e da Rede
BISC captaram
R$ 690 milhões via
incentivos fiscais
O Censo GIFE e o BISC mostraram
tendências similares de variação dos
incentivos fiscais nos últimos anos.
De 2014 para 2016 houve queda do
valor total dos recursos captados, enquanto,
entre 2016 e 2018, o montante de
recursos provenientes de incentivos
fiscais manteve-se estável.
Volume de recursos oriundos de incentivos fiscais (2014, 2016 e 2018)
-33% -1% R$ 0,70 R$ 1,05 R$ 0,69 2014 2016 2018
Nota: valores em bilhões de reais, ajustados pelo IPCA médio, retirando a duplicidade das informações
de organizações que responderam às duas pesquisas.
Fonte: BISC 2019, Comunitas; Censo GIFE 2018, GIFE.
Os incentivos fiscais representam uma parcela
relativamente pequena do valor total do
investimento social
Coerente com o perfil corporativo da pesquisa, o BISC apresenta uma participação dos incentivos fiscais no total dos investimentos sociais ligeiramente maior que o Censo GIFE. Entre os respondentes do Censo há institutos e fundações familiares e independentes, cuja utilização de recursos incentivados é bastante inferior à de empresas e institutos e fundações empresariais.
Participação dos incentivos fiscais no valor total do investimento social (2014, 2016 e 2018)
17% Censo GIFE Rede BISC 2014 2016 2018 27% 19% 14% 14% R$ 457 milhões 14% de R$ 3,25 bi R$ 453 milhões21% de R$ 2,1 bi 21%
Fonte: BISC 2019, Comunitas; Censo GIFE 2018, GIFE.
Em 2018, 14% do valor total
de recursos captados no Censo
GIFE são provenientes de incentivo
fiscal, enquanto que no BISC esse
percentual sobe para 21%.

Participação dos incentivos fiscais nos investimentos
sociais por tipo de investidor social (2018)

26% 14% 3% 1% Inst./ Fund. Empresariais Empresas Inst./ Fund. Independentes Inst./ Fund. Familiares

Empresas:
R$ 166 milhões – 26% de R$ 666 milhões

Inst./ Fund. Empresariais:
R$ 277 milhões – 14% de 1,96 bilhões

Inst./ Fund. Familiares:
R$ 12 milhões – 3% de R$ 427 milhões

Inst./ Fund. Independentes:
R$ 3 milhões – 1% de R$ 260 milhões

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Empresas são o tipo de investidor
social em que os incentivos fiscais
tem maior peso no valor total de
recursos (26%). Apesar de 17% dos
institutos e fundações familiares e
18% dos independentes acessarem
recursos incentivados, eles
representam apenas 3% e 1% de seu
valor total de recursos.
Incentivos à cultura são os mais acessados
Os incentivos fiscais à cultura
representam, tanto no Censo
GIFE, como no BISC, cerca de
metade dos recursos de
incentivo fiscal captados.
46% das organizações
respondentes do
Censo GIFEe87%da
Rede BISCtêm ações
com foco na
área da cultura
Distribuição do volume de recursos dos incentivos fiscais por tipo de lei (2018)
CENSO GIFE
BISC
Lei Rouanet/ Lei da Cultura Fundo do idoso Fundo dos direitos da criança e do adolescente PRONON Lei do esporte Outros PRONAS PCD 5% 7% 13% 11% 47% 8% 9%
Os incentivos federais
representam a maior parcela
dos recursos captados, ainda
que tenham reduzido a sua
participação no total captado
de 2016 para 2018.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
São os incentivos fiscais à
cultura que fazem a
diferença e representam
cerca de 80% do total de
recursos aplicados pela Rede
BISC nessa área.
Lei Rouanet/ Lei da Cultura Fundo do idoso Fundo dos direitos da criança e do adolescente PRONON Lei do esporte Outros PRONAS PCD 5% 10% 0,3% 8% 53% 11% 12%
Fonte: BISC 2019, Comunitas.
Forma de atuação
Financiamento de terceiros prevalece entre as empresas
Pelo Censo GIFE, 41% das empresas foram classificadas como essencialmente financiadoras de terceiros, percentual que cai para 5% entre os institutos e fundações empresariais. Os dados do BISC também mostram um predominância da execução de projetos próprios entre os institutos e fundações empresariais e de financiamento de terceiros entre as empresas, isto é, 73% dos institutos e fundações empresariais se declaram principalmente executores de projetos próprios e 64% das empresas se declaram principalmente financiadoras.
Organizações por forma de atuação e tipo de investidor social (2016 e 2018)
2016 2018 24% 12% 47% 47% 29% 41% Empresas
2016 2018 49% 43% 46% 41% 5% 16% Inst./ Fund. Empresariais
2016 2018 41% 45% 32% 31% 27% 24% Inst./ Fund. Familiares
2016 2018 44% 44% 31% 28% 25% 28% Inst./ Fund. Independentes
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Empresas, institutos e fundações empresariais
tornam-se mais financiadores e menos
executores.

Institutos e fundações familiares tornam-se
mais executores. Institutos e fundações
independentes tornam-se menos
híbridos e mais financiadores.

Essencialmente Executor Essencialmente Fincanciador Híbrido
?
Essencialmente executor:
atuação majoritariamente voltada à execução de projetos próprios (mais de 90% dos recursos de projetos, excluindo custos administrativos, para projetos próprios).
?
Híbrido:
atuação voltada tanto à execução direta de projetos como ao apoio/doação a outras organizações.
?
Essencialmente financiador:
atuação majoritariamente voltada ao apoio a terceiros (mais de 90% dos recursos de projetos, excluindo custos administrativos, para financiar projetos de terceiros).
Focos de atuação
Públicos alvo
As duas pesquisas sinalizam o potencial de se
ampliar a diversidade dos públicos beneficiados
pelas ações de investimento social
Enquanto a Rede BISC tem
como principal foco a
comunidade do entorno das
unidades de negócio das
empresas mantenedoras,
assim como adultos e jovens,
entre os respondentes do
Censo GIFE estão crianças e
adolescentes e população
em condição de
vulnerabilidade social.
Mulheres e meninas
Censo GIFE – 19% BISC – 27%
Negros e Afrodescentes
Censo GIFE – 10% BISC – 13%
Defensores de direitos humanos
Censo GIFE – 2% BISC – 13%
Organizações por beneficiários das ações de investimento social (2018)
BISC
CENSO GIFE
N/D N/D N/D 3% N/D 14% 2% N/D N/D N/D 13% 10% 73% 73% 19% 5% 5% 5% 2% 27% 13% 13% 13% 27% 32% 12% 49% 47% 20% 23% 20% 23% 13% 20% 7% 7% 7% 5% 5% 47% 40% 35% 69% 87% 43% Comunidades do entorno/áreas de influência da empresa 80% Adultos (30 a 64 anos) Jovens (18 a 29 anos) Condição econômica/ vulnerabilidade social Crianças e adolescentes (0 a 17 anos) Pequenos agricultores Outras comunidades Organizações da sociedade civil Mulheres e meninas Pessoas com deficiência Terceira Idade (mais de 65 anos) Órgãos/ serviços/ programas da administração pública Quilombolas População carcerária Negócios de impacto ou acelerados e intermediárias do campo de negócios de impacto Negros/ Afrodescendentes Indígenas Vítimas de violência Defensores de direitos humanos Homens e meninos Migrantes e refugiados População LGBTQIA+ Dependentes toxicológicos

Nota: N/D – não disponível, alternativa não estava presente na pesquisa.

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Áreas de atuação
O investimento social se concentra na área de
educação, ainda que se observe uma tendência
à diversificação
Há historicamente uma
concentração do ISP na
área de educação e isso
pode ser observado tanto
pelos dados do BISC como
do Censo GIFE. Enquanto
o Censo mostra que 75%
das organizações tem foco
em área de educação, o
BISC aponta que 53% dos
recursos são destinados
a essa área.
Distribuição do valor do investimento social por área de atuação (2018)
À educação é destinada
a maior parcela dos
recursos aplicados.
Ao longo dos dez
últimos anos, a Rede
BISC sustentou um
padrão de investimento
superior a
R$ 900 milhões/ano,
nessa área.
Enquanto as empresas
de serviços apostam
fortemente em melhorias
na qualidade da educação,
as indústrias
diversificam as suas
atividades de forma a
atender a multiplicidade
de demandas das
comunidades do entorno.
Enquanto as empresas
de serviços apostam
fortemente em melhorias
na qualidade da educação,
as indústrias
diversificam as suas
atividades de forma a
atender a multiplicidade
de demandas das
comunidades do entorno.

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Organizações por área de atuação (2018)
Comunicação de causas Ciência e tecnologia Ambiente urbano e sustentabilidade Ambiente natural e sustentabilidade Esporte e lazer Apoio ao fortalecimento institucional da gestão pública Assistência e desenvolvimento social/combate à pobreza e fome Defesa de direitos, cultura de paz e democracia Saúde e bem estar Fortalecimento institucional de OSC Desenvolvimento local/territorial/comunitário/de base Trabalho, empreendedorismo e geração de renda Cultura e artes Educação 50% 46% 75% 40% 37% 32% 29% 29% 29% 28% 26% 24% 18% 17%
Há um percentual relevante de
organizações atuando em todas
as áreas, em que pese a
concentração em educação. Nos
últimos anos, o Censo GIFE tem
observado crescimento em áreas
como Esporte e lazer e Defesa de
direitos, cultura de paz e
democracia.
Comunicação de causas Ciência e tecnologia Ambiente urbano e sustentabilidade Ambiente natural e sustentabilidade Esporte e lazer Apoio ao fortalecimento institucional da gestão pública Assistência e desenvolvimento social/combate à pobreza e… Defesa de direitos, cultura de paz e democracia Saúde e bem estar Fortalecimento institucional de OSC Desenvolvimento local/territorial/comunitário/de base Trabalho, empreendedorismo e geração de renda Cultura e artes Educação 47% 47% 88% 71% 35% 35% 24% 24% 18% 18% 53% 35% 18% 18%
As áreas de atuação também reforçam
os diferentes papeis desempenhados
pelos investidores sociais na construção
de um campo diverso. Áreas como Apoio
ao fortalecimento institucional da gestão
pública, Defesa de direitos, cultura
de paz e democracia e Assistência e
desenvolvimento social/ combate à pobreza
e fome têm destaque para institutos e
fundações familiares e independentes,
enquanto têm uma presença bem menor
entre empresas e institutos e fundações
empresariais
Comunicação de causas Ciência e tecnologia Ambiente urbano e sustentabilidade Ambiente natural e sustentabilidade Esporte e lazer Apoio ao fortalecimento institucional da gestão pública Assistência e desenvolvimento social/combate à pobreza e… Defesa de direitos, cultura de paz e democracia Saúde e bem estar Fortalecimento institucional de OSC Desenvolvimento local/territorial/comunitário/de base Trabalho, empreendedorismo e geração de renda Cultura e artes Educação 29% 80% 51% 51% 43% 45% 23% 23% 28% 28% 28% 23% 20% 12%
As áreas de atuação também reforçam
os diferentes papeis desempenhados
pelos investidores sociais na construção
de um campo diverso. Áreas como Apoio
ao fortalecimento institucional da gestão
pública, Defesa de direitos, cultura
de paz e democracia e Assistência e
desenvolvimento social/ combate à pobreza
e fome têm destaque para institutos e
fundações familiares e independentes,
enquanto têm uma presença bem menor
entre empresas e institutos e fundações
empresariais
Comunicação de causas Ciência e tecnologia Ambiente urbano e sustentabilidade Ambiente natural e sustentabilidade Esporte e lazer Apoio ao fortalecimento institucional da gestão pública Assistência e desenvolvimento social/combate à pobreza e… Defesa de direitos, cultura de paz e democracia Saúde e bem estar Fortalecimento institucional de OSC Desenvolvimento local/territorial/comunitário/de base Trabalho, empreendedorismo e geração de renda Cultura e artes Educação 31% 69% 34% 34% 48% 17% 38% 24% 41% 28% 24% 21% 21% 28%
As áreas de atuação também reforçam
os diferentes papeis desempenhados
pelos investidores sociais na construção
de um campo diverso. Áreas como Apoio
ao fortalecimento institucional da gestão
pública, Defesa de direitos, cultura
de paz e democracia e Assistência e
desenvolvimento social/ combate à pobreza
e fome têm destaque para institutos e
fundações familiares e independentes,
enquanto têm uma presença bem menor
entre empresas e institutos e fundações
empresariais
Comunicação de causas Ciência e tecnologia Ambiente urbano e sustentabilidade Ambiente natural e sustentabilidade Esporte e lazer Apoio ao fortalecimento institucional da gestão pública Assistência e desenvolvimento social/combate à pobreza e… Defesa de direitos, cultura de paz e democracia Saúde e bem estar Fortalecimento institucional de OSC Desenvolvimento local/territorial/comunitário/de base Trabalho, empreendedorismo e geração de renda Cultura e artes Educação 33% 56% 50% 39% 39% 22% 44% 50% 28% 28% 22% 22% 6% 17%
As áreas de atuação também reforçam
os diferentes papeis desempenhados
pelos investidores sociais na construção
de um campo diverso. Áreas como Apoio
ao fortalecimento institucional da gestão
pública, Defesa de direitos, cultura
de paz e democracia e Assistência e
desenvolvimento social/ combate à pobreza
e fome têm destaque para institutos e
fundações familiares e independentes,
enquanto têm uma presença bem menor
entre empresas e institutos e fundações
empresariais

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Regiões de atuação
As duas pesquisas sinalizam concentração do investimento social
na região sudeste, ainda que o BISC mostre uma tendência à
diversificação nos anos recentes
e são destinados às regiões Sul e Sudeste Dos recursos da Rede BISC ao Norte,Nordeste e Centro-oeste % % 29 34
têm sede no Sudeste deles atuamtambém em outras regiões mas Dos Respondentes do CENSO GIFE 2018 % % 86 75
BISC
CENSO GIFE

Distribuição espacial do valor do investimento social (2018)

Somados, os recursos destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, são hoje superiores àqueles destinados ao Sul e Sudeste. Esse resultado é inverso ao observado nos primeiros anos da pesquisa BISC.
36% 10% Região Norte Diversas Regiões 16% Região Nordeste 4% Região Sul 25% Região Sudeste 9% Região Centro Oeste
Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Organizações com sede no Sudeste por região de atuação (2018)

14% 15% Atuam em todas as regiões Atuam no Sudeste e mais 2 regiões 14% Atuam no Sudeste e mais 1 região 11% Atuam no Sudeste e mais 3 Regiões 25% Atuam só no Sudeste 22% Atuam só emoutras regiões
Ainda que haja grande
concentração de investidores
sociais localizados na
região Sudeste, o foco
de sua atuação está
concentrado majoritariamente
em outras regiões.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.
Parceria/ atuação em rede
Uma característica importante e que vem se fortalecendo no campo do investimento social, ainda que não isenta de desafios, é a intenção dos investidores sociais de trabalhar em parceria e desenvolver estratégias de atuação em rede.
Entre os tipos de
parceiros prevalecem as
organizações da sociedade
civil. Já em relação à
escala espacial, as
parcerias com atores
locais, sejam públicos
ou privados, prevalecem
em relação as com
organizações regionais
ou nacionais.

Organizações por tipos de parcerias estabelecidas nas ações de
investimento social (2018)

OSC locais OSC ououtrasinstituiçõesnacionaisregionais Poder público municipal Poder público estadual Fundos públicosmunicipaise outros Poder público federal Coinvestidoresnacionais / regionais Coinvestidoresnacionais / locais *Não conta **Desconhece Outros Associaçõesou fundaçõesinternacionais,bancos e institutos de fomento,agencias de cooperaçãointernacional ou organismointernacionais Outras instituiçõeslocais 62% 57% 56% 45% 29% 23% 10% 22% 20% 14% 17% 17% 2% *Não conta com organizações parceiras **Desconhece a informação já que os parceiros são determinados pela organização apoiada
?
Organizações da Sociedade Civil (OSC):
entidades nascidas da livre organização e da participação social da população que desenvolvem ações de interesse público sem visar ao lucro, podem se constituir juridicamente como associação privada, fundação privada ou organização religiosa. Esta última só pode ser equiparada a OSC caso se dedique a atividades de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos, como iniciativas educacionais, assistenciais e outras. Fonte: Mapa das OSCs.
Incluem-se aqui também as associações de moradores ou de bairro, associações comunitárias, agremiações, associações de produtores rurais, escadores e similares. No âmbito do Censo GIFE, de forma geral, excluem-se desse conceito as organizações que poderiam se enquadrar como OSC pelo IBGE/IPEA, mas que exercem funções específicas como instituições acadêmicas, centros de pesquisa, universidades, centros culturais ou museus, associações patronais e profissionais ou outros investidores sociais.

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

O BISC tem observado mudanças no perfil das parcerias com as organizações sem fins lucrativos ? Organizações sem fins lucrativos: recomenda-se no BISC enquadrar nessa categoria as organizações parceiras que atendem, simultaneamente, os seguintes critérios: privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas, auto administradas e voluntárias, de acordo com conceito adotado pelo IBGE.
Recomenda-se, ainda, não considerar as organizações sem fins lucrativos criadas pelas próprias empresas (institutos/fundações) e nem os partidos políticos, os sindicatos, as associações empresariais, patronais ou profissionais e as igrejas (entidades sem fins lucrativos que desenvolvem exclusivamente atividades confessionais - administram diretamente serviços religiosos ou rituais, incluindo: ordens religiosas, templos, paróquias, centros espíritas, dentre outras).
(Ver: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/outras-estatisticas-economicas/9023-as-fundacoes-privadas-e-associacoes-sem-fins-lucrativos-no-brasil.html?=&t=conceitos-e-metodos. )
e, entre elas, a ampliação de
uma atuação em prol do desenvolvimento comunitário, da geração de renda e de melhorias relacionadas à infraestrutura. Os
resultados apontam que essas parcerias deverão ser fortalecidas, pois mais de 90% das empresas se declaram satisfeitas com os
resultados desse trabalho conjunto.
Rede BISC por áreas de atuação em parceria com organizações sem fins lucrativos (2016 e 2018)
2016
2018
Educação Saúde Assistencia Social Arte e cultura em comunidades pobres Esporte e lazer Estudos e pesquisas Formação técnica e profissional Geração de renda Patrocínio de eventos e culturais Meio ambiente Defesa de direitos Desenvolvimento comunitário Negócios sociais Alimentação e nutrição Segurança pública Apoio emergencial em situações de desastres climáticos Infraestrutura 38% 81% 38% 38% 38% 50% 38% 23% 23% 25% 54% 15% 23% 8% 8% 38% 38% 77% 23% 56% 50% 31% 31% 31% 13% 13% 13% 6% 25% 44% 44% 54% 38% 62%

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Atributos mais relacionados à atuação coletiva ou aos ganhos coletivos da rede são mais valorizados do que atributos relacionados
a interesses mais individuais das organizações como disseminação de suas causas ou fortalecimento de sua atuação, segundo dados do Censo GIFE.
Organizações por atributos valorizados na participação em redes ou grupos (2018)

Crença na atuação
compartilhada para o alcance
de objetivos comuns

Oportunidade de desenvolver
iniciativas ou projetos / programas
com outras organizações

52%
47%
46%
44%
34%

Troca de informações
ou conhecimentos

Articulação com outros
atores e conexões com
possíveis parceiros

Qualificação e
fortalecimento da
atuação da organização

26%

Fortalecimento e
disseminação de
causas da organização

16%

Ampliação da
possibilidade de
incidência em ações
de advocacy

6%

Oportunidades de
conexão com
organizações de
diferentes perfis

8%

Não integra
redes ou grupos

Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.

Numa escala de 0 a 10, as práticas de gestão adotadas para conduzir as parcerias receberam uma nota 7,7. No entanto, a Rede
BISC avalia que as empresas precisam aprimorar os mecanismos de interação com os parceiros e os processos de
acompanhamento e avaliação.
Indicadores qualitativos das práticas de parceria
Estratégia adequada definanciamento Boa estratégia deseleção de projetos Interação com osparceiros Bons projetos e gestãocompartilhada Acompanhamento,controle e avaliação 9,2 5,9 8,6 6,6 8,6 8,3

NOTA MÉDIA
2018:

7,7

Obs.: notas médias de uma escala de 1 a 10.

Fonte: BISC 2019, Comunitas.

Perspectivas de futuro
Otimismo prevalecia tanto entre os respondentes do Censo GIFE, quanto entre os participantes da Rede BISC. Resta, no entanto, analisar futuramente o impacto a ser gerado pela crise decorrente da COVID-19
É possível notar grande mobilização no campo do investimento social, com aportes financeiros consideráveis, para atender a esse momento de crise, como mostram as iniciativas reunidas nesse site. Ao mesmo tempo, um possível aprofundamento do cenário de crise econômica pode impactar negativamente a disponibilidade de recursos do campo para num futuro próximo.
BISC
CENSO GIFE
Em relação ao futuro,
as empresas estavam
otimistas. Dois terços
delas pretendiam ampliar
ou, pelo menos, manter
o volume de seus
investimentos sociais
nos padrões atuais.
Empresas segundo a previsão de investimentos para 2020-2021
21% 29% Manutenção dos investimentos nos valores atuais Não sabe 14% Redução do valores investidos atualmente 36% Aumento dos recursos investidos atualmente
Fonte: BISC 2019, Comunitas.
Organizações segundo a previsão de investimentos para 2019-2020
4% 49% Manutenção dos investimentos atuais Não sabe/ não informou 13% Redução dos investimentos atuais 35% Crescimento dos investimentos atuais
Os investidores sociais
se mostraram otimistas
em relação ao futuro,
84% deles previam
crescimento ou
manutenção do volume
de investimentos
sociais para 2020.
Fonte: Censo GIFE 2018, GIFE.