Descrição do projeto

A FAS iniciou uma etapa de atuação diferenciada a partir da Aliança Covid Amazonas, em parceria com diversas instituições, com novos projetos para o enfrentamento da epidemia e a inserção das temáticas de saúde num novo e desafiador patamar de responsabilidade institucional. Nesse sentido foi tomada a decisão de desmembrar o Programa de Educação, Saúde e Cidadania - PESC, criando na estrutura da FAS o PSF- Programa Saúde na Floresta, abrigando os projetos que já estavam sendo desenvolvidos e os que se iniciaram a partir da formação da Aliança. Dentre os novos projetos estabelecidos no Programa Saúde na Floresta, está sendo estruturada uma extensa rede de apoio de atendimentos de saúde à distância em comunidades ribeirinhas e territórios indígenas na Amazônia. O projeto Telessaúde visa a implementação de pontos de telessaúde que consistem em pontos com conectividade de internet para as comunidades ribeirinhas na Amazônia. Em relação às terras indígenas, são previstas as instalações e manutenções de Pontos de Inclusão Digital Indígenas, voltados especialmente para a promoção de ações educacionais e de cidadania, podendo ser utilizados para fins de teleatendimentos de saúde, a critério dos usuários. A infraestrutura dos pontos é composta de uma antena de acesso à internet via satélite, painel solar para a geração de energia elétrica, gerador backups de segurança e computador portátil. A expansão dessa rede de pontos de Telessaúde e de Inclusão Digital Indígena ocorreu com o apoio de parceiros e financiadores do projeto Aliança Covid Amazonas, também da FAS, como o Todos pela Saúde (Itaú Unibanco), Embaixada da França, Embaixada da Irlanda e Agência Alemã de Cooperação (GIZ). Até março de 2021, foram instaladas as infraestruturas em 32 pontos na Amazônia, abrangendo dois estados (Amazonas e Mato Grosso), 14 municípios, 12 Unidades de Conservação e 3 Terras Indígenas. A meta do projeto Telessaúde é a instalação e gestão de 100 pontos em pleno funcionamento até o final de 2021. O projeto busca fortalecer o atendimento de saúde básica de comunidades ribeirinhas e povos indígenas, com a participação integral dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes Indígenas de Saúde das localidades. As atividades são realizadas via parcerias com Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUNATI), para oferta de atendimento psicológico, e com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para webpalestras. Adicionalmente é previsto o suporte de bolsistas de instituições de ensino da saúde para realização de atendimentos, promovendo a integração dos futuros profissionais com o público beneficiário local. A ampla estratégia do Programa Saúde na Floresta tem atuação em três formatos de apoio remoto: 1) teleducação para profissionais de saúde; 2) teleorientação para esclarecimento de dúvidas sobre protocolos e cuidados na pandemia dos agentes comunitários de saúdes e enfermeiros de Manaus; e 3) teleatendimento médico ou psicológico entres os profissionais de saúde e pacientes. Em parceria com a UEA, foram realizadas formações à distância no âmbito da teleeducação em saúde continuada para atendimento à Covid-19, quanto às orientações do guia da Covid-19. Também foram realizadas formações através de webpalestras com temas como imunização e calendário vacinal, primeiros socorros, saúde mental e psicologia em saúde, crises diarréicas em crianças, entre outras. Desde o início do projeto em 2020, foram realizadas 16 webpalestras. Adicionalmente, é prevista para 2021 a capacitação dos agentes comunitários em Saúde Mental, para que eles possam melhor identificar e aprimorar os atendimentos de pacientes com transtornos mentais. A teleorientação, por sua vez, é realizada por meio da identificação das demandas de saúde e agendamento das teleconsultas, além do levantamento da situação psicológica e ocorrência de doenças nas localidades Até março de 2021, foram realizadas 136 teleorientações, como parte da meta de realização de 200 teleorientações, até agosto de 2021. Por fim, compondo a tríade de ações de telessaúde ofertadas a ribeirinhos e indígenas, oferta-se o teleatendimento, que consiste em consultas remotas, evitando deslocamento dos pacientes para as sedes municipais. Ao todo, foram realizados 133 teleatendimentos até março de 2021. As consultas envolveram, além do psicólogo, via FUNATI, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, fonoaudiólogas e assistentes sociais. Dessa forma, visamos atingir como meta a oferta de 400 teleatendimentos ao comunitários do interior da Amazônia. Para um projeto desse porte, as parcerias com institutos de ensino e pesquisa são fundamentais para garantir a oferta de ações de saúde remota, assim como articulações com a gestão pública dos municípios, visando a construção conjunta de uma agenda de atividades e cooperação de esforços, em prol da melhoria do acesso à saúde por parte das comunidades tradicionais e indígenas da Amazônia.

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