Descrição do projeto

Tornar a organização um espaço permanente de acolhimento responsável por promover troca de experiências estabelecidas, assegurando a gestão de emoções e inteligência emocional, positivando a relação dos adolescentes e jovens com suas próprias vivências e potências, é o impacto pretendido pelo Despertar. O projeto visa atender 30 (trinta) adolescentes/jovens entre 12 e 17 anos de idade, sendo 15 (quinze) beneficiários que já estão dentro do quadro de atendidos pela organização e 15 (quinze) beneficiários da comunidade, identificados após divulgação e preenchimento de formulário com manifestação de interesse, e selecionados a partir de critérios pré-estabelecidos.

A Fundação Gerações, proponente deste projeto, está localizada no bairro Parque Valença II, (REVS) 14, Noroeste de Campinas, Distrito do Campo Grande. A população local que tem, prioritariamente, o acesso ao Centro de Saúde “Dr. Francisco José Monteiro Salles”, unidade que é referência para 22 mil pessoas de 20 bairros, apesar de manter alguns atendimentos básicos, hoje, não conta com profissionais para atendimentos em saúde mental. Neste território, onde a predominância de renda zero é significativamente elevada, ter adolescentes e jovens que necessitam de tratamento em saúde mental e não poder contar com atendimento no serviço de saúde público e nem dispor de recursos para acessar a rede particular, é bastante preocupante. A queixa de famílias sobre alguns casos de comportamentos autolesivos com ou sem intenção suicida, que já eram manifestos e que vem numa crescente, devido à pandemia do Covid 19, despertaram sentimentos de solidão, tristeza, entre outros, e necessitam de atendimento para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Estas são capacidades que ultrapassam a dimensão cognitiva e envolvem de forma muito mais profunda o lado emocional e psicológico do indivíduo e dizem respeito a um trabalho de autoconhecimento e autorregulação,?a partir do entendimento e administração das emoções e sentimentos.

Com estratégias que funcionarão como “despertadores”, as intervenções qualificadas apoiarão o público beneficiário a deixar uma realidade insatisfatória, possibilitando a cada um o seu próprio despertar. Para contemplar a especificidade do projeto, será investido na estruturação de uma sala e contratadas uma profissional de psicologia e estagiárias da mesma área, para que durante os três ciclos de execução (18 meses), possam desenvolver as seguintes atividades: seleção e montagem dos grupos de beneficiários (internos e comunidade), com colaboração da rede intersetorial; sessões de arteterapia, utilizando as artes plásticas como meio para recuperar ou melhorar a saúde mental e o bem-estar emocional e social da pessoa, buscando assim estabelecer vínculo; atendimentos individualizados de psicoterapia, um espaço de escuta e acolhimento reservado, para organização das emoções, enxergando com clareza os medos que o afligem para encontrar um caminho em meio às inseguranças; Vernissage – exposição dos trabalhos produzidos durante as sessões de arteterapia e vídeo making of do processo criativo; psicoeducação com os pais e os adolescentes/jovens, com o objetivo de fornecer informações, apoiadas por uma linguagem adequada para auxiliar na compreensão emocional e produzir reflexões sobre o sentido da vida; questionário aos responsáveis para coleta de informações e dados; psicoterapia em grupo, com o intuito de favorecer a socialização, construindo um espaço seguro para que os adolescentes/jovens possam se expor diante de outras pessoas, compartilhando experiências com amigos e colegas; peça teatral de responsabilidade dos adolescentes/jovens auxiliados pela psicóloga e equipe técnica do projeto; arteterapia com a participação da família junto com os adolescentes/jovens, com intuito de fortalecer o vínculo familiar; passeio com um café da manhã; estruturação dos relatórios individuais dos adolescentes/jovens e o de execução final do projeto; e construção da “Cartilha” sobre a sistematização do projeto.

Como o objetivo é consolidar o projeto como uma prática que venha a fazer parte da cultura organizacional da Fundação Gerações, para que se torne referência no território, a cartilha terá como finalidade registrar a metodologia que será absorvida e adotada para que a organização se consolide como um espaço capaz de ofertar escuta, orientação e práticas de cuidados que proporcionem autoestima saudável, fortaleçam vínculos e contribuam com a prevenção ou a superação de problemas relacionados à saúde mental de adolescentes e jovens. Além disso, serão realizados alguns investimentos, como a reforma de uma sala já em uso pela OSC, transformando-a em Setting Terapêutico, cujo espaço será de acolhimento, assim como a aquisição de materiais psicológicos como teste de rastreio neuropsicológico, materiais lúdicos, dentre outros.

CUSTO TOTAL DO PROJETO: R$172.090,71 - INVESTIMENTO FEAC: R$136.531,96 - CONTRAPARTIDA: R$35.558,75

Área temática

Área restrita para associados GIFE

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