Descrição do projeto

O projeto busca enfrentar as inequidades de gênero que afetam a vida de jovens do município de Campinas, atuando pela promoção de seus direitos. Desenvolve suas ações em dois territórios de alta vulnerabilidade social, Jd. São Marcos e Oziel, que são locais com poucos equipamentos públicos e relevantes indicadores de violência, mas que possuem uma significativa organização comunitária.

Como estratégia, pretende fortalecer a participação juvenil por meio de apoio financeiro e técnico a três iniciativas coletivas de jovens que tratem de gênero e direitos da juventude em pelo menos um destes territórios, as quais serão selecionadas por uma comissão a partir de um edital público. Serão realizados encontros reunindo as propostas apoiadas, além de visitas e acompanhamento para qualificar e dar suporte na sua implementação.

Outro eixo estratégico será o fortalecimento da capacidade da rede local atuar na proteção de direitos de jovens e lidar com relações de gênero. Os coletivos selecionados irão desenvolver um diagnóstico paticipativo de equipamentos e entidades locais, mapeando problemas e oportunidades em relação ás temáticas centrais, contando com apoio de uma articuladora local em cada bairro. A partir desse processo serão convidadas/os ao menos 10 profissionais de três ou quatro instituições locais que atuem com jovens para uma formação breve de 8hs, com o objetivo de qualificar a sua atuação frente aos temas de gênero e juventude. A partir do processo formativo cada instituição participante deverá propor um plano de ação que responda aos seus desafios.

Além disso, será feito, com participação de três jovens, um processo de co-criação de um guia que aborde o tema "Por que discutir gênero na escola e em outros espaços educativos?", que terá 1.000 unidades impressas e distribuídas nos territórios, além de serem produzidos outros conteúdos de comunicação para sites e redes que contribuam para uma maior visibilidade das questões identificadas.

Por fim, serão realizados encontros em cada bairro reunindo instituições e lideranças no sentido de fortalecer a capacidade de atuação como rede de proteção e defesa de direitos, para pensar ações conjuntas que promovam maior equidade de gênero e direitos de jovens.

Ao final, espera-se que a participação juvenil seja fortalecida, bem como qualificada a atuação das redes locais no que diz respeito a sua capacidade de intervir em situações de discriminação e violência, bem como para a valorização da diversidade de gênero, dos direitos de jovens mulheres e jovens LGBTQIAPN+, considerando também sua intersecção com a dimensão de raça.