Descrição do projeto
Pessoas vulneráveis (re)conhecendo as suas próprias raízes culturais e a de outros indivíduos da comunidade, capazes de articular uma rede local para promover iniciativas de valorização cultural agregadoras e promotoras de vínculos territoriais harmônicos é o impacto pretendido pelo projeto Cultura Plural Identidade Singular.
O projeto beneficiará 60 crianças e adolescentes, e 30 adultos e pessoas idosas, e terá como área de atuação a região norte de Campinas, em especial o Jardim Campineiro.Um território, que além de ser marcado pela insegurança devido aos altos índices de violência, muitas vezes, provocados pelo crescimento do narcotráfico, ainda enfrenta o preconceito e a exclusão social. Fatores estes, de rejeição, que se manifestam, majoritariamente, por meio da diferença entre as diversas culturas que formam este território ocupado por trabalhadores de baixa renda, uma vez que esta é a região com uma das per capita por família mais baixas do município.
Por ser o território o encontro de muitas etnias e estar em constante acolhimento de pessoas em processos migratórios, este projeto vai ofertar mecanismos concretos de inclusão social, com ações para fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, pautadas em experiências lúdicas, que resgatem e enaltece as raízes culturais de cada indivíduo, contribuindo com a afirmação da própria identidade e de pertencimento à região.
Para o projeto gerar o impacto pretendido, estão previstas quatro etapas de execução que, apesar de independentes, se inter-relacionam e estimulam a construção de conhecimentos, que serão a base de todas as estratégias vivenciadas em forma de uma grande gincana. Um espaço privilegiado de experimentação e participação social que, para além de um encontro Intergeracional, irá potencializar a percepção e o respeito de cada um sobre suas próprias origens culturais e a cultura do outro. O público beneficiário participará das ações estratégicas, em cada etapa do projeto, dividido em três equipes, que dialogarão entre si e com a comunidade, o tempo todo. Um oficineiro mediador fará toda a “costura” do projeto, interligando os conhecimentos para construção coletiva dos aprendizados.
Os ciclos serão permeados pelo desenvolvimento de oficinas de expressão musical, corporal e artística, planejadas a partir das descobertas culturais que vão aparecendo durante a execução do projeto, enquanto novas oficinas vão sendo agregadas em cada ciclo, com técnicos especializados, para compor as estratégias e os desafios propostos para a gincana. Enquanto desenvolvem oficinas culturais, que abrangem as diferentes origens, crenças, costumes, gastronomia, tradições, linguagens, manifestações culturais entre outras, as equipes terão vários desafios a cumprir que culminarão nas entregas do projeto. Na 1ª etapa: aproximar de sujeitos culturais, resgatar histórias e origens, reconhecer sujeitos históricos para retratar e/ou representar as histórias narradas. Um Balaio de Memórias, será construído e depois reproduzido em um painel expositivo; 2ª etapa – Representações culturais – Cada equipe ganhará um álbum na página do projeto no Facebook da OSC, onde deverão conseguir imagens (fotografias e vídeos) sobre representações culturais da comunidade. Algumas fotos serão selecionadas e apresentadas em uma exposição cultural para as famílias e comunidade, e depois vão para o álbum de fotografias; 3ª etapa - Pesquisar e organizar um mini festival gastronômico com comidas típicas, com a participação da comunidade; 4ª etapa – Montagem de um musical sobre a brasilidade que habita o território em conjunto com outras OSC do entorno. As culturas a serem protagonizadas neste musical serão escolhidas pelos próprios participantes e será produzido um vídeo making of que trará também toda a história do projeto.
O vídeo será uma forma de perenizar os resultados e, como mecanismo para manter a sustentabilidade do projeto será matido em funcionamento um “Espaço Cultural”, onde o acervo inicial é a própria coleta de todo conhecimento advindo do projeto; assim como incorporar os aprendizados na rotina das ações socioeducativas da OSC, onde os próprios beneficiários podem continuar coletando relatos e objetos de moradores tradicionais do território, com total liberdade para inserir histórias e curiosidades sobre pessoas e seus locais de origem. O “Espaço Cultural” também poderá servir para acolher outras iniciativas culturais produzidas na e pela comunidade e um grupo de trabalho formado por profissionais e beneficiários do projeto (CCII), irão liderar este espaço, com a responsabilidade de organizar procedimentos, cronograma, identidade visual, comunicação interna e externa, além de mobilizar diferentes atores, redes e equipamentos para ocupação do espaço com iniciativas de valorização cultural agregadoras e promotoras de vínculos territoriais harmônicos.
Área temática
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