Descrição do projeto
Mulheres, acima de 18 anos, com novos formatos de relações sociais estabelecidos e com autonomia e segurança para gerenciar ativamente suas próprias vidas, participar de espaços de liderança e construir projetos futuros de independência financeira, é o impacto pretendido pelo projeto Mulher, Voz e Autonomia – Substantivos Femininos 2024.
O projeto tem como foco atender 140 mulheres, acima de 18 anos, grupo considerado excluído por questões relativas não somente ao gênero, mas também à classe social, por viverem em situação de extrema vulnerabilidade e risco social. Com atuação em rede, o projeto se territorializa nas regiões Norte (REVS 2 - bairros Village, Real Parque e Jardim América), Leste (REVS 7 – bairro Jardim Flamboyant) e Noroeste (REVS 14 – Campina Grande), ofertando um espaço seguro, para que 7 grupos com 20 participantes cada, tenham a oportunidade de vivenciar e percorrer três ciclos do projeto, no período de 18 (dezoito) meses, em que as etapas vão sendo finalizadas à medida que as dificuldades vão sendo superadas. Partindo do reconhecimento do seu poder individual como MULHER, passando pela construção de novos formatos de relações sociais, para encontrar soluções para conflitos, e pela ciência dos espaços de VOZ que podem ocupar, para então chegar ao gerenciamento com AUTONOMIA de suas próprias vidas.
As referências aos 3 (três) substantivos femininos (mulher, voz e autonomia) remetem a aspectos que se relacionam e que vão dar oportunidade e coragem para que as mulheres consigam se posicionar na família, comunidade e sociedade, assim como para que se sintam motivadas a construir projetos de vida, pessoais e sociais, que resultem na superação de problemas, conflitos e preconceitos.
Empoderar mulheres é um meio para diminuir as desigualdades existentes e o empoderamento consiste em quatro dimensões, são elas: cognitiva (visão crítica da realidade), psicológica (sentimento de autoestima), política (consciência das desigualdades de poder e a capacidade de se organizar e se mobilizar) e econômica (capacidade de gerar renda independente). Uma região somente poderá atingir patamares mais elevados de desenvolvimento se conseguir respeitar as singularidades de seus moradores e, ao mesmo tempo, identificá-las e incorporá-las na dinâmica territorial.
As estratégias deste projeto, com intencionalidades claras, vão acontecer de acordo com as seguintes etapas:
1ª – MULHER – voltada para a convivência social para estimular o convívio familiar e comunitário, o sentimento de pertença, formação e reconhecimento de identidade. O roteiro de atividades em arteterapia contemplará especialmente o ciclo de vida das mulheres, suas vulnerabilidades e potências, em formato de oficina desenvolvidas em encontros, em cada unidade parceira.
2ª VOZ – o foco está no direito de ser, promovendo e oportunizando situações de apropriação de conteúdos e temáticas que permitam a reflexão e o (re)conhecimento de coletividade e possibilidade de atuação política. As mulheres começam a exercitar sua voz, ao transformar sentimentos e vivências em palavras que “concretizam de alguma forma seus pensamentos e tornam possível se reconhecerem em sua própria voz.
3ª AUTONOMIA - a participação é o foco, para estimular o protagonismo, manutenção e a consolidação do indivíduo enquanto sujeito de direitos e seu fortalecimento em diferentes esferas. A proposta é que cada unidade parceira, a partir das etapas anteriores, proponha reflexões sobre o entendimento de autonomia e estimule a construção de projetos de vida, para que as mulheres sejam capazes de criar mecanismos que permitam a superação da codependência de seu núcleo familiar, especialmente, a financeira.
Em cada etapa do projeto serão produzidas algumas entregas como: relatório dos espaços adequados e preparados para realização das oficinas (5 OSC); mostras artísticas, em cada OSC participante, com lançamentos autografados dos álbuns de fotos produzidos pelas mulheres; encontro sobre direitos promovido pelas mulheres para grupos em suas comunidades; vídeo Storytelling da trajetória do projeto dentro dos territórios, a partir das perspectivas de cada grupo de mulheres; e relatório técnico dos resultados do projeto.
O vídeo Storytelling também será aproveitado como uma forma de perenizar os resultados, pois as narrativas terão o objetivo de não somente facilitar a compreensão sobre o percurso, mas principalmente, apresentar a importância e possibilidade de reaplicação. Além disso, a divulgação do vídeo nas redes de todas as organizações parcerias, ampliará o alcance e dará a oportunidade para qualquer organização, seja ela de proteção social básica ou não, avaliar a pertinência de reaplicar a metodologia do projeto em suas unidades de atendimento.
Área temática
Área restrita para associados GIFE
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