Descrição do projeto

O impacto pretendido pelo C.S. Romília Maria de ser uma Organização referência em educação financeira para que microempreendedoras acessem trabalho e renda dignos e estáveis, a partir da melhor gestão de seus negócios, atende às necessidades do grupo destinatário.

O Projeto tem como foco atender 30 mulheres que buscam inserção ao mundo do trabalho como empreendedoras de seus próprios negócios. O público-alvo são, predominantemente, mães solo, chefes de família monoparentais, com idade entre 18 e 50 anos, com escolaridade que varia entre fundamental e ensino médio, podendo ou não ser beneficiária dos benefícios governamentais, cadastradas no Cadastro Único. Residentes do entorno da organização, não possuem rede de apoio para o cuidado com seus filhos, residência e trabalho, e buscam no empreendedorismo uma forma de gerar renda para o sustento de suas famílias. Deste público, 80% são de mulheres participantes das oficinas de beleza da organização e 20% são de mulheres que já passaram por estas oficinas e continuam com o desejo de empreender e/ou tentaram, mas não conseguiram manter os negócios.

A região do Jardim das Oliveiras, onde o projeto será desenvolvido, é cercada por diversas demandas que são decorrentes do cenário de vulnerabilidade social em que a população se encontra. A escassez de recursos, especificamente financeiros, é uma angústia, evidenciada e acentuada pela dificuldade de inserção ao mundo do trabalho. Ao procurar pelos cursos na área da beleza ofertados pela organização, as mulheres se capacitam e tentam empreender, montando seus próprios negócios, quer seja abrindo um salão de beleza nos fundos de casa, vendendo produtos artesanais na feira do bairro, levando seus serviços até os clientes, entre outros. O que a organização tem observado e acompanhado é que muitas mulheres empreendedoras não conseguem fazer com que os seus negócios prosperem. Existem muitos locais para acolher o desejo dessas mulheres em se capacitar para empreender, mas há falta de espaços especializados que trabalhem com educação financeira para orientar estas microempreendedoras quanto ao uso consciente dos recursos financeiros e de conhecimento de como controlar, planejar e organizar as finanças.

O Projeto “NA PONTA DO LÁPIS” visa o acesso à Educação Financeira de maneira acessível e será desenvolvido em três ciclos de execução, para que a tecnologia social possa ser testada durante o processo. Um profissional em educação financeira será contratado para construir o percurso formativo e desenvolver as aulas programáticas, e um parceiro voluntário fará a supervisão do projeto. Cada ciclo contará com 10 participantes, sendo 08 mulheres das oficinas ministradas nos cursos de beleza (estética e massagem, manicure e depilação, e cabeleireiro) e 02 mulheres da comunidade que já passaram por estas oficinas e ainda buscam no empreendedorismo sua inserção ao mundo do trabalho. As estratégias serão compostas de: Percurso formativo - será o mesmo para os três grupos de mulheres, em cada ciclo do projeto, com aulas dinâmicas e semanais (duas horas de duração); Capital semente - auxílio financeiro para contribuir com o início do empreendimento na compra de produtos e equipamentos. Ao final de cada ciclo de execução, duas participantes serão escolhidas, mediante critérios estabelecidos pela equipe, para receber o aporte financeiro. Será acompanhado o planejamento e a utilização do recurso disponibilizado, na seguinte ordem: 1º grupo – segundo e terceiro ciclos e mais um semestre após a finalização do projeto; 2º grupo – terceiro ciclo e mais um semestre após a finalização do projeto; e 3º grupo – um semestre após a finalização do projeto; Entregas - fichas com os planos programáticos de aulas; filmagem de videoaulas; relatório consolidado do acompanhamento das participantes (ciclos 1 e 2) que passaram pelo curso, com destaque para as que receberam o capital semente; Cartilha que consolidará a metodologia em educação financeira do Na ponta do lápis como uma tecnologia social; Articulação e parceria com duas OSC- percurso para que a própria equipe da organização possa testar a metodologia em outras duas OSC que estejam desenvolvendo projetos de geração de renda e empreendedorismo; avaliações dos participantes e eventos de formaturas das turmas com entrega de certificados.

A tecnologia social com a apropriação da metodologia pela equipe do Centro Social Romília Maria, vai garantir a sustentabilidade financeira e a permanência do projeto, pois para ser reaplicado não são necessários outros investimentos. Todo o material desenvolvido será utilizado para posterior busca ativa por parcerias com empresas e/ou organizações dinâmicas, que queiram gerar um impacto social positivo em seus territórios de atuação.