Descrição do projeto

O Projeto Oficina Locomover terá sua 2a fase implementada após 05 anos da inauguração de sua primeira fase. Este projeto, que iniciou em 2018 com apoio da Fundação FEAC, teve como objetivo a criação de uma oficina de adaptação e conserto de cadeiras de rodas. Seu impacto foi extremamente significativo, resultando em serviços realizados em 2.000 cadeiras de rodas até o momento. Agora, em 2023, a partir de um pool de financiadores, sendo a Fundação FEAC um dos principais, terá sua concretização, tornando-se a primeira Oficina Ortopédica de Campinas e região.

Tem enquanto impacto pretendido: Pessoas com deficiência física, que necessitam de dispositivos para apoiar ou substituir um ou mais membros do corpo, com acesso, melhoria da funcionalidade e participação ativa na sociedade. Terá como beneficiários diretos: 700 pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida que necessitam fazer uso de órteses e próteses, residentes do município de Campinas, independentemente da faixa etária e da região de moradia. Importante ressaltar que a prioridade serão as pessoas em situação de vulnerabilidade social. E seus beneficiários indiretos serão: 2240 familiares, levando em consideração o critério estabelecido pela Fundação SEADE para o município de Campinas (3,2 por indivíduo) e o Centro de Referência em Reabilitação de de Sousas, pois uma vez existente um projeto deste em Campinas, os encaminhamentos poderão ser feitos pelo Centro de Referência, devido as demandas existentes e ao fluxo estabelecido pelo município.

Para justificar a necessidade deste projeto e seu potencial de impacto, importante contextualizarmos o cenário existente: Conforme Censo de 2022, recém divulgado, no Brasil há 18,6 milhões de pessoas com deficiência, sendo que a deficiência física encontra-se em primeiro lugar. O município de Campinas possui 1.138.309 habitantes, sendo a 14a cidade mais populosa do país. Os dados censitários, apontados pela Base de dados da pessoa com deficiência da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com deficiência do Estado de SP, demonstram que há cerca de 24.827 pessoas com deficiência motora no município de Campinas, o que representa cerca de 29,05% da população com deficiência da cidade.

Um levantamento realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, apontou que 245.811 brasileiros sofreram amputação de membros inferiores (pernas ou pés) entre 2012 e 2021, o que representa pelo menos 3 procedimentos realizados por hora. Com a pandemia essa situação teve piora, devido a interrupção do tratamento de doenças crônicas, como o caso de diabete, umas das principais causas de amputação. 42% das amputações ocorreram na região sudoeste.

Ainda que dados sejam fornecidos por sociedades médicas, não existem estudos estatísticos acurados no Brasil sobre o número de amputados por ano, confirmando uma deficiência na abordagem desse tema na literatura brasileira e nos levantamentos realizados por órgãos de saúde. Em Campinas o CID que prevalece quando há amputação é o da doença que originou, novamente cito a diabete como exemplo. Fato é que as taxas de amputações em uma população podem expressar várias relações entre o nível da qualidade de vida, nível de desenvolvimento humano e nível da educação de seus habitantes, bem como as políticas públicas promovidas pelo governo ou mesmo a predominância de certas doenças (MATOS, 2020).

Havendo ausência de membros, em especial inferiores, há a necessidade do uso de dispositivos protéticos, ou próteses. Embora existam próteses para membros superiores, não são acessíveis e muitas vezes pouco funcionais à população, sendo as mais comuns as de nível inferior no Brasil e via SUS. Quanto às órteses, essas são projetadas para fornecer suporte, estabilização, correção ou alívio para partes do corpo que possam estar enfraquecidas, danificadas ou com função comprometida.

A Oficina terá uma equipe composta por técnico ortopédico, assistente técnico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente administrativa e gestora técnica. Também terá suporte da área de comunicação e de compras.

Para sua execução será necessário iniciarmos pela ampliação do espaço físico, com apoio da Fundação FEAC, aquisição de equipamentos, ter um RH qualificado, bem como materiais e insumos de qualidade.

Desta forma, o valor total do projeto está em R$ R$1.708.182,28, sendo que o aporte da Fundação FEAC para 05 ciclos do projeto será de R$746.060,04.

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