Descrição do projeto
Quem São: No Jardim Comercial e Jardim Lilah, bairros pertencentes ao Capão Redondo, onde a ONG Interferência está situada, no Sul da zona Sul de São Paulo, residem 275 mil pessoas. Não havia bibliotecas e nem educação não formal. O espaço chamado de Interferência começou em 2009, por iniciativa do escritor Ferréz, para proporcionar a crianças e adolescentes atividades que privilegiassem e despertassem o gosto pela leitura. Da leitura para outras atividades de artes (mosaico, artes plásticas, artesanato, recreação) foi um pulo, motivado pelo interesse dos atendidos. Aos poucos, e com a mudança de sede, que é bem maior que a primeira, outras atividades foram surgindo: capoeira, brinquedoteca/jogoteca, informática. Para 2020, a intenção é crescer mais e dar continuidade às oficinas de música e jornalismo de bairro. Atualmente a Interferência funciona de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17hs, atendendo 80 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Já são 11 anos neste lindo dia a dia com a cultura. Alguns amigos do escritor Ferréz também chegaram para ajudar, e hoje o espaço tem 95m² de área construída, com 6 salas de atividades e convivência para crianças e adolescentes. A missão da Interferência é encontrar soluções para problemas, difundir conhecimento, apoiar e desenvolver ações, tecnologias, projetos, processos e métodos visando elevar a qualidade de vida do ser humano, promovendo educação, qualificação e formação profissional, artística, cultural, ecológica (meio ambiente), esportiva e de lazer; além de estimular a parceria, o diálogo local e a solidariedade entre diferentes segmentos sociais, participando, junto a outras entidades, de atividades que visem interesses comuns. Os idealizadores acreditam que todas as atividades desenvolvidas contribuem para os objetivos da iniciativa, mas especialmente a oficina de jornalismo de bairro oferece um grande avanço para a estruturação de uma rede comunitária e para o avanço da missão. Onde Atuam: Jd. Comercial e Jd. Lilah, bairros do distrito Capão Redondo, zona Sul de SP, onde residem 275 mil pessoas. O Contexto: Apesar das inúmeras ONGs, movimentos sociais e coletivos culturais, não há nenhum projeto semelhante a este na região do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, onde o EduCapão estará sediado, fato que o torna ainda mais importante e original. É um projeto que carrega interesses profissionais e também pessoais, já que a responsável pelo projeto (assim como o fundador da ONG Interferência, o escritor Ferréz), cresceu no Capão Redondo e, como criança e adolescente periférica, enfrentou na pele todos os desafios do sistema educacional público e da falta de oportunidades até conseguir romper a bolha da desigualdade e formar-se jornalista, sendo hoje uma líder comunitária e ativista atuante no território. Desta forma, o projeto se fará do encontro de pessoas que carregam o mesmo sentimento de amor pelo distrito e pela educação popular. Além disso, a metodologia aplicada nas oficinas do projeto EduCapão é seu maior diferencial. Isso porque, estará baseada na educação popular que, em linhas gerais, consiste em educar não a partir de métodos tradicionais, mas sim da sensibilidade de promover o conhecimento levando em conta a realidade e a história dos próprios educandos, proporcionando a conscientização quanto à necessidade de transformação. Por isso, mais do que um método, a educomunicação utilizada nesse processo se apoia em instrumentos e tecnologias da comunicação popular comunitária para propor uma reflexão sobre as formas tradicionais de comunicação, permitindo que novas perspectivas sejam traçadas em contraponto à influência que a mídia convencional impõe à sociedade. O objetivo do EduCapão não é que os adolescentes decorem conteúdos e sim que se percebam em sua vivência comunitária. Nossa missão é conduzi-los para novas descobertas, ressignificando o seu próprio cotidiano. Como ferramentas pedagógicas e metodológicas, são utilziados diversos recursos e didáticas, tais como vídeos, músicas, leitura e interpretação de texto, entre outras atividades, no intuito de deixar as atividades dinâmicas e fortalecer o processo de aprendizagem. Durante os dez meses de estudo, será estimulada a autonomia crítica, o olhar apreciativo da comunidade, a valorização da cultura local e o desenvolvimento de uma melhor expressão corporal, oral e escrita dos jovens. A Proposta: O projeto EduCapão: oficinas de educomunicação para desconstruir estereótipos e criar novas narrativas, vem para somar às atividades já realizadas pela ONG Interferência, no sentido de apoiar crianças e adolescentes em seu “despertar” para que possam, a partir dos exemplos e discussões levantados durante os encontros educativos, trilhar novos caminhos para o futuro. O projeto tem a missão de aproximar os educandos dos conceitos de política e cidadania, por meio de técnicas de comunicação, tornando-os mais conscientes sobre seus direitos e deveres. Sua execução se dará como continuidade de um projeto apoiado em 2019 pela Fundação ABH, que teve como objetivo introduzir técnicas de jornalismo para 20 crianças e adolescentes matriculados regularmente na grade de atividades da ONG Interferência. Farão parte essencial dos encontros atividades que proporcionem o desenvolvimento cognitivo e sócioemocional dos educandos beneficiados. Dessa forma, além da comunicação oral e escrita, o trabalho será focado em aperfeiçoar o raciocínio, o pensamento e a percepção dos participantes, sempre usando como pano de fundo suas próprias experiências de vida para evolução intelectual e emocional de cada um. Público Atendido: Adolescentes entre 13 e 16 anos, moradores do Jd. Comercial que já participam das atividades da ONG.Área temática
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