Descrição do projeto
Quem São: o coletivo Feminismo Comunitário surgiu de uma necessidade de se fazer algo voltado para mulheres, tendo em vista que nas comunidades Real Parque e Jardim Panorama nunca houve um trabalho voltado para este público. Em 2017, realizamos uma atividade para as mulheres onde propomos uma reflexão: “Como é ser mulher dentro de uma comunidade”, e a partir disso observamos que as mulheres sentiam falta de um espaço, onde elas pudessem falar sem medo de represálias, sem serem julgadas e principalmente, um espaço onde elas pudessem ser ouvidas. O grupo inicialmente era formado por quatro mulheres da comunidade Real Parque e Jd. Panorama e hoje são três, todas moradoras das comunidades citadas anteriormente. Inscrita a ideia do projeto em novembro de 2017, foram contempladas em edital, dando início em fevereiro de 2018. Em 2019 o S.O.S. juventude cedeu um espaço no Real Parque para ser gerenciado pelo feminismo comunitário, fazendo as ações e programando outras. O local está completamente cru, só conseguiram colocar o piso. Os próximos passos são regularizar a documentação e transformá-la em pessoa jurídica para que possa ser solicitada a ligação de água e luz. Há uma certa urgência em planejar e dar continuidade às ações com as mulheres e a comunidade no espaço. Hoje o Feminismo Comunitário está com o “Encontro entre Mulheres” paralisado por conta da pandemia do Coronavírus, mas as oficinas de dança do ventre e kundalini yoga continuam acontecendo via aplicativo de vídeo. Onde Atuam: No meio da região nobre do Morumbi, na Comunidade do Real Parque, distrito do Butantã, SP. O Contexto: as comunidades do Real Parque e Jd. Panorama são invisíveis aos olhos do estado e, por esse motivo, não possuem espaços para as mulheres. Não oferecem equipamentos públicos de cultura e, o que lá acontece, são de iniciativa dos moradores. Por essa razão o projeto Entre Mulheres se torna essencial, para que as mulheres que são subalternizadas tenham um espaço onde possam ser ouvidas e acolhidas. É sentido na prática o quão difícil é criar e fortalecer uma rede entre mulheres e graças à resiliência do coletivo foi conseguido criar um espaço no qual se pudesse confiar umas nas outras e sentir que temos um local onde aprendemos a cada momento que devemos manter esses vínculos já criados para então poder ter uma rede sempre fortalecida. Juntas, mulheres são mais fortes, no desenvolvimento dos bairros mencionados e que de alguma forma pode se contribuir para a desconstrução do machismo, violência e vulnerabilidade da mulher. A Proposta: o Feminismo Comunitário impacta positivamente na vida das mulheres que participam de nossas ações e em sua autoestima. Queremos criar uma fortaleza de empoderamento para que as mulheres sejam independentes e através da ocupação o coletivo se tenha locais de fala em espaços de decisão. Buscamos a transformação de todas que fizerem parte do processo. Desde a nossa atuação com os encontros e com as aulas oferecidas, observamos mudanças nas mulheres que têm participado, como por exemplo, houve uma melhora na saúde das alunas que fazem Yoga, as alunas da dança do ventre começaram a aceitar mais o seu corpo e nos encontros elas encontraram um espaço onde são ouvidas. E além da mudança individual de cada participante, tem-se o objetivo específico de formar multiplicadoras, isto é, que as mudanças alcançadas sejam passadas para outras mulheres que não participaram diretamente do projeto, podendo assim, criar e estimular outras redes de mulheres periféricas. A ação tem como objetivo principal reduzir o silenciamento interminável, gerado pelo machismo. Público Atendido: As mulheres das comunidades Real Parque e Jd. Panorama, faixa etária de 15 a 100 anos.Área temática
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