Gestão de pessoas

INSTITUTOS E FUNDAÇÕES INDEPENDENTES CONTAM COM EQUIPES MAIORES

Do ponto de vista do número de funcionários, os respondentes do Censo GIFE 2018 são majoritariamente de pequeno porte. Entre as empresas, 65% contam com até 10 funcionários na área que coordena o investimento social, mantendo a tendência das três últimas edições do Censo GIFE. Esse tamanho de equipe reduzido pode estar associado ao perfil mais doador das empresas, que repassam mais recursos para iniciativas de terceiros, além de parte das atividades (de caráter jurídico ou administrativo, por exemplo) ser absorvida por outros departamentos ou setores da empresa.

Já institutos e fundações independentes são organizações que contam com equipes maiores, sendo que 39% têm de 11 a 25 funcionários, 39%, de 51 a 100 funcionários e 17% contam com mais de 100 pessoas na equipe. Essa diferença guarda relação com o perfil mais executor desse tipo de investidor social, que implementa mais projetos ou programas diretamente.

Gráfico 9: Organizações por número de funcionários e tipo de investidor


PREDOMINAM MULHERES NAS EQUIPES DAS ORGANIZAÇÕES

Se, por um lado, as mulheres ainda são sub-representadas nos conselhos deliberativos, por outro um olhar atento sobre as equipes de trabalho revela que elas são a maioria dos colaboradores em todos os perfis de investidores sociais, o que denota uma oportunidade de fortalecer iniciativas internas de promoção de diversidade e inclusão nos diferentes níveis hierárquicos da estrutura organizacional dos respondentes.

Gráfico 10: Proporção de colaboradores por gênero e tipo de investidor


Nesse sentido, o GIFE realiza bienalmente uma pesquisa organizacional, complementar ao Censo, que aborda práticas e políticas salariais, de benefícios e gestão de pessoas dos investidores sociais, além de pontos específicos relacionados à governança. A pesquisa realizada em 2019 foi estendida a todos os associados GIFE pela primeira vez e contou com a participação de 64 organizações. Os resultados revelam que ainda é pequena a parcela de investidores sociais que conta com políticas internas de promoção da diversidade e inclusão ou que tem metas para contratação de públicos específicos.

INVESTIDORES SOCIAIS AINDA PODEM AVANÇAR NAS INICIATIVAS INTERNAS DE PROMOÇÃO DA DIVERSIDADE E INCLUSÃO

A maioria das organizações (59%) não têm com políticas para inclusão de públicos específicos e apenas 3 em cada 10 organizações contam com metas ou cotas para sua contratação, com destaque para aquelas relacionadas a pessoas com deficiência. Enquanto 30% das organizações dizem ter políticas para a inclusão de mulheres ou o aumento da diversidade de raças, apenas 9% têm metas para contratar de colaboradores que atendam a esses perfis.

Gráfico 11: Organizações por política de promoção da diversidade e inclusão (2019)


Gráfico 12: Organizações por metas ou cotas para contratação de públicos específicos (2019)


Além disso, o tema da diversidade ainda é pouco trabalhado junto aos colaboradores. Contudo, a grande maioria dos investidores sociais prevê outras iniciativas de capacitação para seus colaboradores, sendo que uma pequena parcela (6%) não tem práticas de capacitação preestabelecidas.

Gráfico 13: Organizações por iniciativas de formação em temas de diversidade e inclusão (2019)


Gráfico 14: Organizações por iniciativas de capacitação de seus colaboradores (2019)


Em relação às políticas de remuneração, 33% dos investidores sociais têm programa próprio de remuneração variável, além do previsto na convenção coletiva da categoria e, em 86% desses casos, a remuneração variável se aplica a todos os níveis hierárquicos. Em 10% desses 33% que têm remuneração variável, abrange somente diretores(as) e o mesmo percentual oferece remuneração variável apenas para os níveis de coordenação ou supervisão.

Gráfico 15: Organizações por programa próprio de remuneração variável (2019)


Gráfico 16: Organizações com programa próprio de remuneração variável por abrangência do programa (2019)


Os respondentes que oferecem remuneração variável a vinculam principalmente a indicadores de resultados gerais da organização (em 86% dos casos). Em segundo lugar, aparecem empatados o vínculo a indicadores de projetos ou programas ou de áreas ou departamentos específicos e a indicadores de desempenho individual (52%). Indicadores de resultados da empresa mantenedora e indicadores comportamentais são menos comuns e correspondem, respectivamente, a 33% e 24% do total.

Gráfico 17: Organizações com programa próprio de remuneração variável por critério para pagamento (2019)

Na maioria das organizações (71%), a remuneração variável é paga por meio de gratificações; apenas 29% das organizações adotam o pagamento por participação nos lucros e resultados.

Gráfico 18: Organizações com programa próprio de remuneração variável por forma de pagamento (2019)


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